Sobre o Autor

Ledark é um jovem [não tão jovem] desiludido. Para começar, ele sempre quis ser um cientista desde a infância, mas quando assumiu o porão de sua casa como laboratório, ele percebeu que algumas experiências químicas e eletrônicas só podem ser feitas por pessoas que realmente entendem daquilo. Para evitar que destruísse o próprio lar, ele resolveu sonhar com uma coisa que fosse mais humilde e palpápel, como um Diretor de Cinema Mundialmente Reconhecido. Criou, desde muito jovem, várias histórias e personagens engraçados (ou não) e sentia-se o máximo ao dirigir uma grande coleção de bonequinhos em seus filmes de ação explosiva que sempre ganhavam todas as disputas de oscar imaginários.

Durante a adolescencia aprendeu rapidamente que tinha um pé quase do tamanho da perna, e andava torto enquanto usava sua fiel desculpa de que tinha problemas de bronquite para evitar toda e qualquer atividade esportiva. Durante pouco mais de 10 anos na escola, era um aluno tão participativo que nunca havia conhecido como era o banheiro, a merenda ou comprado algum lanche na cantina.

Aos 16 anos se tornou estagiário-semi-professor-junior de uma escola de informática, onde aprendeu a lidar com sua exagerada timidez de maneira recompensatória, mas isso foi até o dia em que recebeu férias definitivas e passou a focar a nova etapa de sua vida em uma faculdade, cujo curso era novo e os alunos eram cobaias das aulas experimentais. Nesse período, enquanto se formava para ser um bem-sucedido webdesigner ele descobriu que sua vida poderia ser melhor se ele conhecesse sua alma gêmea e assim casasse, tivesse filhos e vivesse feliz para sempre.

A grande verdade foi que ele continuou sendo um mané solitário, e tudo o que restou para sua vidinha medíocre foi trabalhar em uma agência de publicidade sem querer, e usar o tempo livre para deixar sua imaginação e criatividade fundarem um livro [também sem querer], até que finalmente resolveu constatar que não era assim um jovem desiludido.

Aos 26 anos ele iniciou uma nova etapa em sua vida, onde resolveu dar mais atenção ao seu velho blog na internet, o único refúgio de todas as desilusões que vivenciava pelo mundo. Aprendeu a mover um braço junto da perna e achou que sabia dançar. E nessa época ele estava tão feliz que rapidamente pode distribuir conselhos de modo gratuito para quem quiser se afundar na lama junto com ele e suas filosofias medíocres da vida.

Porém com os mesmos 26 anos ele iniciou uma saga de casamento, não teve filhos, não viveu feliz para sempre e parou de postar em seu blog porque pensou que havia encontrado a felicidade que sempre procurou. Só que a vida mostrou que as desilusões sempre vencem, ao ponto de ter um período em que encontrar sanidade se tornou necessidade prioritária. Aos 36 anos, com uma bagagem emocional de um hollow, ele resolveu repensar a vida e aí, olhou mais uma vez para o seu velho e abandonado blog. Um sorriso no canto da boca mostrou que ele pelo menos estava certo de que em sua solidão, suas desilusões nunca o abandonariam.

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