sábado, 29 de dezembro de 2012

Retrospectiva Pessoal 2012

Todo ano eu faço um post aqui para relembrar todos os posts postados desde janeiro até dezembro, numa tentativa de criar um sumário pessoal do blog. Foi assim em 2010, 2011 e não seria diferente agora.

Crepúsculo


Não, esse título não tem nada a ver com filmes envolvendo vampiros que brilham no sol. Citei crepúsculo em referência a sua definição real estragada pela Meyer. E assim, falando no sentido astronômico da coisa, um crepúsculo é aquele período em que o sol já se foi mas ainda não anoiteceu. Ou que ele está para nascer mas ainda não nasceu, sabe? O céu vai ficando naquele tom de cor que pode ser roxo, azul, vermelho ou colorido. Para os povos da antiguidade, esse momento sempre era algo de muita atenção, pois poderia ser que o sol jamais voltasse a nascer.

Eu quis mencionar tudo isso para dizer que foi assim que o primeiro post do ano surgiu. Pouco antes do nascer do sol, eu fiz aquela pergunta que muitos fazem em toda virada de ano: Ano novo? E agora? E eu não esperei a resposta sentado; eu lutei para que as coisas mudassem na minha vidinha pacata, e assim decidi que tudo seria ocorrência de meu próprio mérito. Entrei na academia, comecei a dar mais força para estudos, entrei em bailes e melhorei minha frequência com as aulas de dança de salão. Realmente passei por uma mudança radical. E é sobre essa mudança que o todo os outros posts do ano convergiram.

Alvorecer


Para não perder o costume, eu fiz minha série de posts voltados para a economia ainda em janeiro. Falei sobre a Corrida dos Ratos em um texto gigante que começa na parte 1 e termina na parte 2. Aproveitando a onda mais capitalista do mundo, também emendei um texto mais pessoal falando sobre o Trabalho Desmotivacional.

No plano de fundo desses posts "políticos", havia uma versão minha entrando em colapso mental. Foi ali nessa época que eu via que minha luta pelas mudanças de meu ser eram muito mais difíceis do que eu pensava. Era a época em que muitas dúvidas explodiam em meu coração, e eu não me contive em procurar respostas para a única pergunta que tinha em minha alma: De onde vem a Angústia?

Confesso que não obtive respostas, mas mesmo assim, segui a vida. Aquilo tudo fazia parte de um alvorecer, onde eu sabia que as coisas mudariam, mas para que isso tudo acontecesse, cabia a mim não desistir de meus ideais. Confesso que nessas horas tudo parece tão difícil que a gente até tenta perguntar quem são nossos verdadeiros amigos. Um post sobre Amizade Mutável surgiu daí.

Mas era muito injusto eu lutar por uma vida melhor, mas focar meus pensamentos em tantas coisas ruins. E inerente a isso, eu tentei mudar o foco das coisas. Aquilo tudo podia fazer parte de um alvorecer, mas isso não significa que todo novo dia é melhor que o dia anterior. O primeiro impacto das coisas coincidiu com meu post sobre A Primeira Impressão de todas as coisas.

E ali ainda era Fevereiro, e o assunto do mundo Brasil girava em torno do Carnaval. Eu me senti obrigado a falar qualquer coisa sobre o assunto, porque eu também tenho a noção do quanto os posts focados em desilusões pessoais são chatos e inúteis. Mas meu esforço todo não adiantou em nada, pois o dia já tinha nascido e nada havia mudado.

Amanhecer


Com um grito forte e ensurdecedor vindo lá do fundo da alma, eu roguei praga a Deus e ao mundo por tanta coisa errada que via acontecer, que fazia e que sabia existir longe da minha ignorância local. Onde estava a culpa por tudo isso? Tentei um ponto de fuga escrevendo sobre o Acaso x Destino. E acho que isso me ajudou em muitas coisas, pois foi assim que o post seguinte, com o título autoexplicativo "Extremamente Simples" saiu.

A explicação para tanta coisa me foi óbvia; o motivo de eu estar daquele jeito era meu coração que não tinha jeito. E aí aconteceu uma chuva de posts mais "melosos", envolvendo a maior coletânia sobre desilusões amorosas que eu já havia feito por aqui até então. Na sequência de posts, saiu Os 8 tipos de relações, e a saga em 4 posts gigantes sobre as Contradições do Amor, com a parte 1, parte 2, parte 3 e parte 4. Foi sem dúvidas o Amanhecer mais sombrio que o blog passou. Eu até tentei dar uma animada nas coisas escrevendo sobre Viagens no Tempo sem Rpg, mas não deu certo. O dia foi encoberto de trevas, e o último post dessa primeira temporada definiu tudo até então: Depressão.

Entardecer


Depois da metade to ano, eu iria passar por um bom tempo sem escrever nada aqui. Até tentei postar o resultado da enquete "Qual foi sua última desilusão?", mas o foco de minha vida estava em outro lugar. O que eu estava tentando semear desde o começo, que tinha tudo haver com a mudança de minha vida começou a gerar frutos, e eu voltei a enxergar tudo com novas cores e nuances de tons. Era como se o amanhecer estivesse encoberto por muitas nuvens e eu tivesse duvidado da existência do sol, mas aí, ele apareceu durante a tarde e tudo se iluminou com um novo ar de esperança.

Um post sem graça e meio antigo sobre as Geladeiras Humanas surgiu em uma espécie de justificativa para eu ter sumido do meio digital. Mas era tudo uma questão de organização, ou melhor, uma questão de aproveitar aquele sol que tornava uma tarde de primavera a mais linda de todas.

Anoitecer


Toda tarde chega ao fim com um novo crepúsculo. Um período curto em que os céus nos dão para apreciar seu fim, e como no inconsciente de nossos ancestrais, também colocar a dúvida no ar de como será o novo amanhã. Talvez seja melhor, talvez seja pior, talvez seja igual, talvez seja diferente. É sempre impossível prever o novo dia que vai surgir, e mesmo se irá surgir, embora as chances disso acontecer sejam grandes.

Todo o ano havia passado e eu estava na varanda, olhando para trás e vendo onde eu estava. Minha única indagação, depois de tantas desilusões, ilusões e superações, era a pergunta que todos certa vez já fizeram na vida. O que é a felicidade? Eu não tinha de certo a resposta quando fiz a parte 1, a não ser que estava feliz. Mas, vendo as estrelas surgindo no céu, eu perguntei pela segunda vez: O que é a felicidade? A parte 2 não foi mais conclusiva que a primeira, mas acho que o espírito desse blog é esse. O espírito da vida é esse.

Boa noite, e um belo, novo - e esperançoso - amanhã.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Fim de ano 2012

Ainda nem era novembro e eu já havia começado a ver alguns enfeites de natal nas lojas. Algumas árvores e guirlandas anunciando que o ano estava terminando. E isso porque ainda faltavam mais de dois meses para o natal em si. Como normalmente eu faço, eu ignorei. Até porque, eu tinha visto panetones para vender ainda na metade do ano, que sinceramente não entendia se eles estavam à venda adiantados demais, ou se os donos daquela loja estavam tão atrasados em retirar das prateleiras. Que o tempo passa rápido, isso ninguém pode discutir. Mas que o natal fica diferente a cada ano que passa, disso eu acho que ainda posso discutir.


 

Mundo Imediatista


Minha mãe outro dia me mostrou alguns cartões de natal antigos, em que nas mensagens escritas à mão, geralmente constavam algo do tipo: "Adeus 2012, Salve 2013". A passagem do tempo era tão sublime, que a personificação dos anos era dita em forma de despedida. Hoje, geralmente é dita como alívio. É como se o tempo fosse tão rápido, que ainda queremos que ele seja mais rápido e que acabe logo o suposto ano atual, muitas vezes dito como "ruim", sendo que todo final de ano é a mesma coisa.

E isso me relembra uma conversa que tive com meu chefe há um bom tempo atrás, onde ele fez a seguinte declaração: "hoje em dia, as pessoas estão muito imediatistas". A sua declaração era provinda da experiência de que muitos clientes queriam fazer projetos mirabolantes com o prazo mais curto possível. E eu até já fiz um post aqui falando dessa banalização que a palavra "urgente" ganhou. Hoje em dia tudo é para ontem. Hoje em dia, as pessoas querem que a rapidez de uma solução seja instantânea. Culpa da tecnologia? Culpa dos mimos do google? Não sei, mas concordo com essa definição de que o mundo hoje é imediatista demais.


Simbolismo


É interessante como o simbolismo em volta do natal vem mudando desde o seu surgimento. As civilizações mais antigas comemoravam nessa época o solstício de inverno (que no hemisfério norte é quando a noite é a mais longa do ano, devido a inclinação do planeta). Por esse motivo, o natal não é uma comemoração necessariamente cristã. Ela é mais antiga que isso, e se quiser uma versão geral sobre o surgimento do natal do ponto de vista histórico, vou deixar o link de um podcast excelente que explica bem o assunto: http://www.mitografias.com.br/2009/12/papo-lendario-11-feliz-dia-de-mitra/


Deixando Mitra de lado, e focando na nossa cultura em si, o simbolismo maior do natal sempre foi o nascimento de Jesus Cristo que em teoria, pode nem ter nascido nesse dia. Mas isso também está mudando, uma vez que a figura de um presépio não pode ser colocada em qualquer lugar devido ao aumento da diversificação religiosa do país. Então o símbolo genérico do Papai Noel e da Árvore de Natal ganham mais força a cada ano. E assim, temos um simbolismo mutável, que não significa que é bom e nem que é ruim, e sim simplesmente uma mudança.


Reflexões


Por fim, também temos o momento de paz e reflexão que o fim do ano trás. Não sei dizer se isso acontece porque é quando geralmente muitos estão de férias, ou porque geralmente é o momento em que é possível ficar mais ligado com a família, e etc. Talvez, seja aquela coisa arbitrária da chegada do ano novo. Pois, basta virar o calendário que a esperança de que podemos virar nossa vida e dar a ela um recomeço fica mais fácil.

Imediatismos e Simbolismos à parte, eu acho que ainda cabe aqui - e sempre caberá - desejar um período bom e agradável para as pessoas, e já que o Natal permite nos fazer isso, então porque não?

Um feliz natal à todos, e como é de se esperar, um feliz ano novo igualmente.


quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O que é a felicidade? [2]


Tem gente que não acredita que, às vezes, uma frase é capaz de mudar toda sua vida. Mas para mim aconteceu exatamente isso, e não por satisfação do destino, por duas vezes.
A frase que conseguiu me fazer acordar para realidade era tão óbvia que eu não conseguia acreditar em como passara tão desapercebida por anos:

"Para ajudar os outros, primeiro ajude a si mesmo".


Não lembro de onde vi e nem quem foi seu autor, mas o agradeço. A partir daquele momento eu lembro de ter pego um pedaço de folha de papel e feito uma lista do que eu poderia fazer para ajudar a mim mesmo até que estivesse pronto para ajudar os outros. A caneta foi de forma automática escrevendo "estar feliz". Depois disso, a caneta apenas ensaiava novos itens da lista, mas nenhum outro parecia ter tanta importância quanto o primeiro.

Então, a lista permaneceu tão solitária quanto eu. Nenhuma outra palavra ou frase entrou ali.

Por que como eu poderia tentar ser útil se não via em mim utilidade alguma? Como eu poderia lidar com os afazeres mundanos se sentia não fazer parte deles? Era muito encorajador pensar que se eu estiver bem consigo mesmo, então seria mais fácil passar isso adiante. A princípio, houve uma falha nisso que eu não havia avaliado antes: "o quanto é vago estar feliz".

Posso me divertir assistindo um filme de comédia ou lendo um livro de humor, ouvindo uma piada, ou até mesmo entretido por horas na frente de um video-game. Posso ficar feliz matando a fome com guloseimas ou matando tempo no youtube. Posso perder a noção do tempo navegando pela internet ou imaginando sonhos se tornando reais. Infelizmente, a alegria passageira não tem poder algum, já que ela é apenas um escape da realidade, mas não a própria realidade. "Estar feliz" é muito diferente de "ser feliz".

Estar feliz é estar bem diante de uma situação; Ser feliz é estar bem diante de todas as situações.Você concorda?


O vídeo acima é de parte de uma entrevista com o filósofo Mário Cortella. Se ainda não conhece o cara, experimente fazer uma busca no youtube por ele para que possa abrir um pouco mais a mente sobre a vida em si. Muito bom.

Esse post nem ao menos tem uma conclusão. Esse post é um dos mais curtos que já fiz. Mas mesmo assim ele não acrescenta nada de novo. E nem tinha a intenção de fazer alguém feliz lendo isso tudo. Mas, já que chegou até aqui, que tal postar uma piada aí nos comentários para ajudar esse post a ficar um pouco mais útil? Ou então, apenas diga se você é feliz ou se acha feliz e deixe que alguém ria de você por mim.

O que é a felicidade [1]? →  Post anterior sobre que seria a primeira parte.
Extremamente Simples → Tentando deixar a vida mais fácil.
O lobo solitárioÀs vezes viver mal, pode ser um bem... ein?
3D Pokémon → Um desenho que fiz em 3D. Ficou ruim, é pra descontrair.


Confira todas as partes dessa saga O que é a felicidade?: [parte1] [parte2] [parte3]