quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Corrida dos Ratos [2] - Compreendendo


Esse post é uma continuação direta do anterior, onde tentei explicar a tal teoria sobre como se entra na corrida dos ratos. Mas, por mais desilusões que o blog se propõe, agora tentarei pensar numa forma de se sair dele.

A história funciona assim: Primeiro você precisa comprar coisas com o dinheiro que não tem. Depois você precisa pagar as dívidas feitas com esse dinheiro que já não tinha. Quando vê a situação de um modo diferente, está correndo para pagar aquilo que não devia ter comprado. Essa é a corrida dos ratos, como uma alusão a metáfora encontrada no livro Pai Rico, Pai Pobre (não lembro o autor).

De qualquer forma, as dívidas são boas para que o sistema econômico mundial funcione, pois todos os cálculos bizarros que nunca vou compreender vem das coisas que não foram pagas ainda. O banco te empresta dinheiro, que por sua vez empresta do banco central, que por sua vez empresa do país, que empresta do FMI, que empresta de outros países. Enfim, dever é um fator obrigatório para que o mundo atual funcione, e esse jogo de cada um ter que se virar para produzir dinheiro que pague as contas é exatamente a tal corrida dos ratos funcionando em escala global. Talvez essa seja a grande motivação de vida funcionando ao background de todos os seres humanos...

Mas deixo isso para uma outra discussão. O fato é que se você não consegue comprar tudo o que deseja, então você é uma pessoa normal. Agora se você tem alguma dívida pendente, ou qualquer coisa que tome seu dinheiro mensalmente e te obrigue a trabalhar para suprir esses gastos, então parabéns, já está na corrida dos ratos. Trabalhar para pagar as dívidas é o lema padrão de todos nessa corrida. O certo, seria trabalhar por prazer, de modo que nunca as dívidas estivessem atrás de você. E isso não é um sonho utópico; pelo menos não era nos livros que li sobre o assunto...

Saindo da Corrida dos Ratos

Como parece claro, grande parte das pessoas começa já predestinada a seguir essa corrida dos ratos. Mesmo que consiga o melhor emprego do mundo e tenha uma carteira registrada com todos os direitos reservados, dizer que terá dinheiro de aposentaria pelo INSS não é nada assim tão garantido. E aí, diante disso existe as opções de Previdência Privada, que na verdade é quando você pega uma parte do seu salário e deixa para alguma instituição cuidar dele para evitar que você gaste antes da hora, e se tudo der certo, existe uma chance pequena de que receba tudo - ou parte de tudo - o que poupou.

Ou seja, por mais instável que seja o futuro, planejá-lo pode fazer toda a diferença quando o mesmo chegar. A maioria dos grandes sonhos está condicionado, de uma forma ou de outra ao dinheiro. E como eu já disse aqui, essa idéia de que o dinheiro não traz felicidade é a grande mentira contada para que se justifique essa corrida interminável da qual muitos não tem como fugir. Pode até ser que ele não compre assim tudo, mas pelo menos 99% é certeza. Até porque, tudo pode ser convertido em dinheiro. Um seguro de vida transforma você num valor monetário, cada órgão seu tem um preço, o conhecimento que adquiriu, as coisas que já fez para estar próximo de alguém querido, etc. Você consegue contabilizar os gastos em tudo, se ainda desejar.

O primeiro passo para sair da corrida dos ratos é levar em conta que o dinheiro traz felicidade. Pois isso funcionará como uma corrente motivacional para usar a criatividade e com ela buscar formas de conseguir mais dinheiro. Isso não tem nada a ver com ser um porco capitalista ganancioso, e sim usar a ganancia como fonte de compreensão para entender que pode usufruir de mais coisas com mais dinheiro. Oportunidades para isso surgem, mas se você achar que é melhor algumas horas vendo TV todos os dias do que algumas horas conseguindo uma renda extra todos os dias, então tudo bem, afinal, pra quê dinheiro? Ou, como é o caso mais comum de se dizer: Pra quê me matar de trabalhar e jogar fora todas as horas de diversão que posso ter em seu lugar? Meu ponto aqui é o seguinte: E quem disse que trabalho extra precisa ser sinônimo de aborrecimento. Quem disse que é preciso horas em pról de renda extra?

É esse o pensamento para a saída da corrida dos ratos. É disso que esses livros furados sobre investimento falam: Você tem que conseguir fazer seu dinheiro trabalhar por você; precisa colocar uma parte da renda para produzir dinheiro, como se ele fosse seu empregado. Ok, a teoria é essa. Agora, só resta saber como aplicar isso na prática.

E como toda desilusão que se preze, certamente ainda voltarei a falar mais vezes aqui sobre a corrida dos ratos, pois esse assunto não pode ser finalizado assim sem uma solução concreta. Até agora tudo o que já sei é que estou caminhando para essa corrida, mas ela me cansa muito; sou gordo, e como tal, não tenho fadiga para correr não... mais um pouco e vou infartar. Por isso disse que só estou caminhando... correr cansa, e eu - salve Jaiminho - quero evitar a fadiga.

2 comentários:

  1. Oi. Eu mal voltei a usar o blog e você já me adicionou, hein? rs

    Havia deletado o outro... Refiz com os mesmos endereço e título.

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  2. Sim =D Eu já tinha add nos favoritos, e uma vez ou outra eu entrava lá para ver se tinha post novo... Aconteceu de eu ter entrado e o blog havia voltado, aí adicionei de novo ^^

    Valeu pelo Comment! Vou deixar um lá de vez em quando rsrs

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