domingo, 22 de agosto de 2010

Dicas para sair de uma Desilusão

Um blog com o título de "Desilusões" que não presta nenhuma dica de como sair de desilusões parecia inútil. E agora com esse post ele não vai se tornar útil, mas sim soar com sarcasmo. Mas, se a idéia é iludir-se, esse post vai dar dicas úteis a respeito.
(...) eu posso te mostrar até onde vai a toca do coelho, mas isso não significa que de fato há um coelho lá.

Porque existe a desilusão?

Imagino o mundo, parado em si, e com ele sua história monótona e sofrida. Dentre ele correm histórias grandes, mas de que vale tal grandeza, se mesmo ele, majestral em seu tamanho, não pode revelar tudo pelo que já passou?

Egípicos, Maias, Romanos ou Gregos... todos foram como nós, mas que estavam em uma fase do tempo. Naquela fase, acreditavam que o Sol e a Chuva eram os Deuses porque não os compreendiam. Eles eram mais iludidos que você, e consequentemente, se soubessem da verdade, sofreriam uma desilusão sem precendentes.

Mas aí que entra um ponto interessante. Eles não iriam simplesmente aceitar a nova verdade porque iram preferir continuar iludidos. O mundo da ilusão, tal como Alice no País das Maravilhas, é muito melhor.

E isso é sempre assim. Se de repente os cientístas fizessem uma nova descoberta bombástica e falassem que, por exemplo, se você der três passos ao acordar todo dia então depois de vinte anos poderá voar. Isso imediatamente te soa como um absurdo, e sem qualquer base ou estudo sobre o que foi dito você estaria pré-disposto a discordar. Ao fazer isso, a única coisa que tenta fazer, na verdade, é criar regras para permanecer iludido quanto a nova verdade.

Desse modo, a única forma para alguém não sofrer uma desilusão é continuar para sempre iludido. Ou, caso a verdade seja inevitável, você pode recorrer como a evolução do mundo já nos ensinou: Aceite a nova verdade um pouco por vez.

Falando assim, de modo meio superficial essa dica parece perder todo seu propósito, certo? Então podemos deixar isso de lado, e partir para soluções práticas mais eficazes... mas claro, mantenha sempre em mente que do início ao fim será apenas você travando uma batalha contra você mesmo, cuja linha divisória entre os adversários é o consciente querendo vencer o subconsciente e vice-versa.

O consciente tem mais força quando você está acordado, mas o subconsciente, que rege sobre suas memórias (e provavelmente sobre sua personalidade) atua enquanto está dormindo.

9 Dicas para sair de uma desilusão:

  1. Iluda-se!
    Pode parecer óbvio depois de eu focar sobre o fator "ilusão" e "desilusão". Mas isso é um fato comprovado, ao menos por mim: A única forma de escapar com sagacidade de uma desilusão é iludir-se com outra coisa que te faça bem.



  2. Engane sua mente
    Isso funciona principalmente com desilusões relativas a uma pessoa. Os mais desesperados, geralmente tendem a cortar todo o tipo de contato com a pessoa em questão. E nessa era da informática, bloquear e excluir parecem palavras de lei nessas ocasiões. E isso é uma forma de iludir-se, de fazer você pensar que a pessoa jamais terá como entrar em contato com você novamente e que isso o prontificará a esquecer tal momento.
    Novamente, a ilusão atua de forma benéfica, o ajudando a criar raizes sobre sua nova ilusão que tentará substituir a outra. Ou seja, a mágica que acontece no seu subconsciente o fará, de algum modo, querer se arrepender disso ou evitá-lo de tomar atitudes como essa.



  3. No que você acredita?
    Uma coisa interessante é notar que você sempre pode assumir a regra de ouro que é sua crença pessoal. Se acredita em Deus, então que Deus irá fazer o certo por linha tortas. Se acredita em destino, então que o destino voltará a corrigir seus erros e traçar o novo karma para si. Se acredita em coincidência, então que a sorte lhe acompanhe. Se não acredita em nada, então que o Chuck Norris vá até você e dê um jeito na tua vida.



  4. Desvie o Pensamento
    Isso é relativamente mais fácil. Se for uma desilusão amorosa ou algo assim, nada de choramingar prantos e ir para o trabalho/estudo com a cara de quem foi derrotado pelo seu pior inimigo. Nesse caso, esse é o melhor momento para você voltar suas atenções para o trabalho e ser o funcionário do mês. Se não trabalha e só estuda, então que seja ali o aluno CDF da turma, de modo a ocupar sua mente com alguma coisa que não seja o foco da desilusão. Ocupar a mente é sem dúvida a mais valiosa de minhas dicas e tende a funcionar em qualquer situação.



  5. Não junte-se a outros desiludidos
    Não! Isso não indica que não deva visitar mais esse blog, pois a dica é não ir onde tem grande aglomerados de desiludidos, e não um só, como é meu caso. Porque em comunidades que falam sobre isso geramente vão tentar te colocar para baixo, e você acabará saindo de lá pior do que quando entrou. Mas, essa ainda é uma dica superficial, porque eu sei que aquelas sociedades anônimas pra álcoolatras, drogrados e coisas assim seguem essa teoria de reunir as pessoas com problemas em comum no mesmo lugar; a única diferença é que cada um lá conta suas experiências e todos se motivam a apoiá-lo. No meio digital, todos te incentivam a se matar.



  6. Expresse teu Sentimento
    Ficar com aquilo que te faz mal guardado no peito não faz bem a ninguém. Uma idéia eficaz é transformar seus sentimentos em sátiras. Assim, nas conversas com amigos você pode (e deve) falar sobre o assunto tentando-o fazer parecer mais engraçado, pois é assim que todas as suas formas de superações são contadas, e isso ajuda teu cérebro a pensar que aquilo já foi superado.
    É como aqueles micos impagáveis, ou mesmo acidentes e até a morte de algum parente que você não tinha muito contato. Falar de qualquer coisa na hora parece sempre mais difícil e complicado, mas depois disso a tendência é transformá-los e coisas mais engraçadas. Apenas o fato de você contar ou relembrar aquilo como se fosse alguma coisa imbecializada que já passou vai ajudá-lo a esquecer mais rapidamente... e por falar em esquecer...



  7. Esqueça sua Desilusão
    Não é fácil, e nem parece ser fácil. Mas você não está completamente novo em folha enquanto não tiver esquecido completamente de sua desilusão atual. No momento em que aquilo aconteceu e está fresco em sua memória, é natural querer compartilhar a dor com alguém, e isso até é bom em certo ponto. Mas esse tipo de desabafo deve ser único e vigente apenas logo após o acontecimento, quando a dica anterior de usar o sarcasmo e ironia não for tão fácil ser feito.



  8. Fuja dos Self-Mind-Games
    Videos e Filmes podem ajudar a esquecer, mas desde que não sejam de um tema que fale ou lembre da sua desilusão. E nessas horas, mais uma vez teu subconsciente irá te sacanear o tempo todo, querendo que escute músicas tristes quando está triste e que veja desgraças em filmes quando a própria vida está uma desgraça. Parte do consciente aceita essa tarefa porque ele tem a esperança de que irá ver coisas ali que indiquem que sua situação atual não é tão grave assim e que existem piores que você. Mas no final das coisas, isso só o ajudará a manter o foco da desilusão ativo. E isso não lhe trará a menor vantagem.



  9. Não adie a solução
    Se a solução para resolver o problema parece simples e óbvia (como ir lá e falar alguma coisa para alguém), então não adie e nem pense que essa solução é difícil, porque não é. O mais difícil é deixar para amanhã, e aí, a cada novo dia que passa, o tempo vai criando uma espécie de parede entre você e a solução, e chegará uma hora que nem com machados vai ser possível quebrar e atravessar depois. Aí já sabe o que isso significa, né? Arrependimento será seu pior castigo. Por experiência própria eu também sei que essa dica não é fácil de ser seguida, mas um empurrão de amigos pode dar uma forcinha...

Enfim, é isso. Achou que isso não foi suficiente? Você pode deixar um comentário expressando alguma desilusão que já passou/passa e compartilhar um #mimimi aleatório aqui.Ou então, você pode experimentar alguns posts mais recentes, como A Corrente da Motivação que ressalta a importância de se sentir motivado para alcançar objetivos, incluindo o de estar desiludido em algo. Ou, caso você tenha um tipo de desisulão ainda mais drástico, que tal seguir algumas dicas para se tornar imortal? No mais, todo comentário é sempre bem vindo.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Refletindo: O Segredo

Calma, isso não é um Review do livro ou algo do tipo, mas é que é inevitável não falar dele antes de abordar alguns temas sobre misticismo e ciência. Então, primeiro vou deixar minha opnião sobre esse livro, e depois disso, alguns posts no futuro eu volto para falar sobre o que eu realmente queria.



O Segredo

Quero tentar mostrar uma linha de raciocínio que poderia levar em conta aquela velha história sobre as famosas coincidências inexplicáveis que atingem nossa vida. Coisas que ninguém poderia explicar de modo lógico, se não dizer que foi uma incrível coincidência. O mais próximo (mas completamente superficial) que chegou a explicar isso foi aquela modinha da "Lei da Atração", dizendo que se você quer ser um milionário então basta pensar que é milionário e no outro dia terá ganho na mega-sena mesmo sem jogar.
Confesso que quando li o livro sobre "O Segredo" pela primeira vez me deixei acreditar naquilo por um instante, e daquelas dicas me fiz valer para testar. Lá tinha inclusive uma parte reservada aos céticos, que dizia assim: "faça o teste e deseje profundamente algo simples, mas verdadeiramente, como uma xícara de café". Fazer o teste é palavra de lei para quem pode duvidar de algo. E só pra deixar claro, eu fui obrigado a preparar café nesse dia porque fiquei com vontade depois de ficar pensando tanto nela. Pedi uma xícara de café para o universo, e descobri que minha cafeteira mudou de nome sem eu me dar conta disso. [/off ironia]

Na medida que você vai lendo O Segredo, ou "The Secret", como desejar, vários questionamentos interessantes vão chegando até você. E a premissa de tudo é tão simples que parece animadora para se entender; seus pensamentos transcorrem como ondas de rádio que seguem numa certa frequência e assim captam tudo o que está na mesma frequência que a sua. O modo maravilhoso de tudo isso é que as coisas parecem fazer sentido se você olhar ao seu redor. Então, quando você pensa em uma pessoa e dias depois ela liga pra você, supostamente foi devido a essa frequência de radio Nextel que você já tem naturalmente. E se você tentar olhar para seu grupo de amigos, não é interessante como eles parecem ter tantos pensamentos em comum contigo?

A explicação para tanta coincidência foi simples: "Teus pensamentos fizeram isso". E aí, para encerrar de vez o assunto, vem junto do livro um milhão de citações de gente conhecida, como Einstein e Galileu. Com tudo isso, o sucesso foi gigantesco e certamente se tornou um best-seller. E aí, com tanta gente lendo, também vieram milhares de pessoas criticando e amaldiçoando.

Agora eu fico imaginando o que há de verdade e o que há de mentira por trás disso; ou melhor, o que há para se dizer a respeito de algo que não se pode provar? Ainda não sei de nenhum experimento capaz de medir um pensamento, (no máximo determinar se ele é positivo ou negativo), embora já seja possível enviar comandos básicos e até ter tecnologia capaz de captar imagens de sua cabeça "psicografadas" por um computador. No começo toda essa tecnologia ainda engatinha, mas tudo leva a crer que no futuro será fácil transformar pensamentos em filmes com a mesma naturalidade que se assiste vídeos no youtube.

Mas então, voltando ao assunto, o que há de certo sobre "O Segredo"?

Penso, logo fico pensando...

Na minha opnião, pelo tanto de livros que O Segredo vendeu, já era para uma revolução mundial ter acontecido. Milhões de pessoas que passaram a por em prática a sua atuação com "As leis do universo" seriam capazes de mudar o mundo só com seus pensamentos positivos. O desejo inato de ganância e egoísmo teria feito uma nação de ditadores gigantesca. Enfim, mesmo com as supostas ferramentas para mover o mundo, ele não se moveu.

Tudo bem que seria utopia demais acreditar que todas as pessoas que tinham desejo de ficarem ricas conseguiram multiplicar os tesouros da receita nacional; ou ainda, todos aqueles querendo perder peso hoje são magros e esbeltos. E os milhares de atores, atrizes e jogadores de futebol estrelando na mídia, será que tudo isso é tão simples de acontecer quanto pensar?

Certamente existe um truque para ser feito, e não fazer esse truque significa que A lei da atração está certa e o errado é você. O tal "truque" também é simples: "Acreditar". E desde que o mundo existe esse papinho de "acreditar" e "ter fé" tentam mover montanhas. Em fato, acreditar em algo leva mais motivação para que algo aconteça, mas não que isso seja a chave do sucesso.

Novamente vamos acabar andando em círculos, pois se por um lado basta dizer que é preciso acreditar cegamente em algo, por outro eu sempre poderei justificar que tal crença não foi o suficiente, mas já que há como medir a suficiência dessas coisas abstratas.

Por isso O Segredo falha em seu conceito. Eu confesso que tentei usufruir e por em prática sobre essa coisa de "acreditar em algo" e ter algo. Funcionou algumas vezes e, em alguns casos até fiquei impressionado (como rever uma pessoa, encontrar vaga em estacionamento em dias lotados, e até achar alguma coisa para comprar aqui ou ali). Mas será que tudo não pode ter sido apenas coincidência?

Já que parece ser tão facil ter o que se quer, então porque é impossível se ter tudo o que quer? Determinação, medo, contatos e localização podem ser algumas variáveis importantes, embora com o controle delas eu realmente consiga tudo o que quero independente de acreditar na lei do universo ou não.

Alias, só para finalizar... achei legal o livro usar o termo "Universo" só pra dizer que está sendo mais metódico. Mas é obvio que você pode substituir "Universo" por qualquer coisa que acreditar, como "Deus" ou "Destino", por exemplo; mas nem precisavam muito disso, já que usaram nomes de físicos e cientistas só para ganhar mais credibilidade. É só dizer o nome de Einstein no meio de algum texto para que se ganhe uma relevância incrível.

Enfim, já falei bem e mal do livro. Mas minha opnião não é confusa e tão pouco estou em cima do muro quanto a isso; só acho que tentar criar ideologias em cima de crenças não é capaz de mudar crenças, e apenas confundi-las. E se o propósito foi confundir, então esse livro cumpriu seu papel com maestria.

E só para não dizer que esse post foi completamente em vão, dê uma olhadinha nesse link sobre uma matéria que saiu na revista SuperInteressante falando da parte científica por trás de tudo isso que eu disse.

Dessa vez não consegui tirar uma conclusão, e quem dera pudesse. Tentar concluir algo que não se pode provar é leviano e medíocre demais, por isso, o melhor a ser feito é continuar sendo um feliz iludido com as próprias crenças. Aliás, se alguém leu isso aqui, que tal deixar um comentário dizendo sua opnião sobre o assunto?

E aí, "The Secret" mudou sua vida?

sábado, 14 de agosto de 2010

Partículas de Energia

Contrariando a integridade ideológica do blog, esse não é um post retratando uma desilusão. Mas como tão pouco sei a veridicidade desse experimento que vou contar aqui, considerem que falar sobre emoções e ciência num mesmo post já é por si uma grande desilusão.


Descambando a Ciência

Hoje em dia os cientistas já conseguem provar que certas coisas não são bruxaria, como o fogo fátuo ou um raio invertido. Isso porque todas as coisas de nosso mundo possuem uma explicação lógica, e o fato de não conhecermos essa explicação nos faz colocar diante de deduções que acompanham o raciocínio sem desafiar a lógica. E isso se mantém assim até que alguém consiga manter o mesmo raciocínio mas mostrando outro tipo de lógica.




Graças a isso, cientistas já conseguiram provar que a energia realmente existe. Os mais modernos equipamentos de medição conseguiram encontrar a tal partícula de higgs, que seu tamanho tão minúsculo e a movimentação livre pelo mundo nos coloca a acreditar que a energia de fato existe. Mas isso não é tudo o que quero dizer, pois agora que vem a parte interessante, que ainda estou terminando de fazer mais algumas pesquisas na internet para comprovar a veridicidade da mesma; o poder das emoções.

A Caixa Mágica

Um simples fio de cabelo e todo seu passado e futuro estão estampados lá. De um modo inexplicável, partículas sub-atômicas são capazes de dizer a cor dos seus olhos, traços de personalidade, predisposição a quais doenças tem vulnerabilidade e imunidade, e muito mais. É a verdadeira caixa mágica de um ser vivo. Animais, plantas, insetos (e até frutas com identidade de inseto)... todos tem sua caixa de conhecimento espalhada pelo corpo.

Se quer uma coisa interessante a pensar, então imagine que quando você come uma carne de porco, por exemplo, você não está ingerindo apenas a carne, mas sim parte da identidade que havia com o animal quando vivo. Comer maçãs uma salada no almoço lhe fazem ingerir muito mais coisas além de um simples alimento.





O Experimento das Emoções

Imagine que um cientista resolveu "brincar" com o DNA humano de um modo diferente. Ele chamou um voluntário e colocou amostras do DNA do mesmo para observação. Esse voluntário ficou em uma sala, e mediante a isso ele foi submetido a várias emoções diferentes, desde rancor, raiva, alegria, saudades, etc. Ao mesmo tempo, seu DNA era examinado com cautela na sala ao lado, e então acabaram descobrindo que as emoções que vinham do voluntário conseguiam manifestar alterações no DNA que estava na outra sala. Na verdade, eram alterações pequenas, do tipo expandir e contrair conforme o que se pensava.


Isso me fez lembrar aquele outro experimento sobre como as moléculas de água eram transformadas de acordo com o som das palavras que passava por elas. Palavras como "amor" deixam a molécula mais bela e uniforme, enquanto "dor" e "ódio" criavam padrões desordenados na molécula. Caso tenha algum interesse, o livro do Dr. Masaru Emoto chamado "As mensagens da água" podem ser encontrados aqui.

Depois que li sobre isso, eu só fiquei com uma dúvida gritante... Porque até então palavras são apenas palavras, digo, elas tem toda carga de significado para nós, mas do ponto de vista científico elas são apenas ondas sonoras ecoando no ar. Não faz sentido uma gota de água ficar bela se eu dizer "te amo" ou "I love you", porque ela não é poliglota. Se eu falar eu falar "eu te odeio" em klinglon isso não faz diferença para a molécula. Mas então, com essa linha lógica, porque raios as móleculas de água respeitam sua linguagem e conseguem entender qualquer língua de qualquer pessoa?


Resposta racional: A natureza tem vida, e seu poder místico é incompreensível a meros mortais.

Resposta lógica: O mais importante não foi o som da palavra, e sim a emoção que você usou nela. A emoção conseguiu criar uma manifestação alheia usando uma ligação invisível. A mesma ligação invisível que deixa nossos DNAs conectados mesmo a longas distâncias. E nem precisa ser muito cético para ficar relutante em crer nisso, porque até hoje mesmo com milhares de físicos tentando nos convercer que o universo está preso por cordas eu não consigo acreditar nisso. E olha que eles tem lá suas formas lógicas de argumentar e provar tudo.


Um pouco inexplicável se contar com a lógica para uma resposta plausível, mas suficientemente instigante para deixar seu raciocínio ir para longe... Mesmo separado da gente, parte da gente ainda mantém ligações conosco. Incrível, não? Digo, na verdade não que isso seja muito útil para você no seu dia a dia, mas já dá para pensar que quando você toma um copo de água em um bar você depositou ali (através da saliva) sua caixinha de segredos. E então, se sair dali com raiva, parte da sua raiva se manisfesta naquele copo mesmo depois de sua saída. Certo? Bom, continue lendo. =)


A Perca de Identidade

Vamos voltar ao mundo real. Estávamos falando de um cientista que descobriu que o DNA expande ou contrai mesmo estando longe do corpo de uma pessoa, certo? Mas então, até que distância ainda mantemos ligação com nossa identidade? Imagine que você abraçou um amigo que há muito tempo não via. Algumas células de seu corpo se transferem à você e vice-versa. Durante uma saudosa conversa vocês estão felizes, e aquele momento se torna muito gratificante para ambos. Aí então vocês se despedem e vão embora.

Sabendo que parte de seu DNA pode estar no amigo, então caso você continue mantendo sua felicidade mesmo ao ir embora, a boa sensação daquele momento vai perdurar mais tempo. Você está sendo ajudado por uma ligação invisível com seu amigo mesmo que ele já tenha ido embora, certo? Isso seria justificável, e os cientistas também foram mais além para investigar isso.

Eles resolveram colocar amostras do DNA em vários laboratórios de diferentes partes do país (não me pergunte qual país foi), e o mesmo voluntário foi submetido a modificações de seu pensamento. Assim, eles poderiam descobrir se a ligação invisível seria observada em todos os laboratórios ou apenas naqueles mais próximos. Isso daria um bom ponto de partida para medir a distância que você pode ficar longe de uma pessoa para estar conectada à ela.


O resultado desse experimento foi o mais frustante possível. Eles descobriram que nenhum dos laboratórios apresentou padrões nos DNAs, o que levou a crer que tudo aquilo sobre a ligação emotiva com os mesmos não ter passado de uma mera coincidência. Eis que a resposta verdadeira recaiu como estilhaços cortantes: o que fazia expandir ou contrair o DNA não era o dono dele, e sim as pessoas em sua volta. Eram os próprios cientistas que, com suas cargas emotivas singulares transferiam aquela "energia" e criavam uma ligação com o DNA em questão.

Isso explica muita coisa, ainda que não explique tudo. Quando você está de bom humor e com pensamentos positivos, sua "energia" tende a contagiar todos. Isso não era nenhum segredo até então porque todos já sabem disso, mas o fato é que agora existe um motivo a mais para entender o porquê. A força do amor e do ódio se recaem com muito mais força do que imaginamos. Então se você estiver em um estupor de alegria e encontrar com alguém deprimido, a troca de energias entre ambos fará com que o deprimido se alegre um pouco, e você perca um pouco de sua felicidade. Novamente é a eterna busca da natureza pelo equilíbrio de tudo. Esse é o segredo da vida.

A única dúvida que tenho quanto a isso é sobre o poder das emoções. Como avaliar se o medo é mais "influente" do que a coragem, por exemplo? Eu preciso procurar achar uma matéria que li sei lá onde falando de como o cérebro reagia ante as emoções mais comuns para ter um ponto de partida na busca por essa resposta. Mas de qualquer forma, seriam apenas teorias... Afinal de contas, na prática todos sabemos que a felicidade é a vencedora de qualquer batalha.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dança de Salão! Oh, não! [2]

Lá estava eu, ansioso e preocupado com a primeira aula de dança que ainda nem havia começado. Fiquei olhando para os lados como uma criança assustada, mas ao mesmo tempo atenta a qualquer aglomerado de pessoas que pudesse indicar a minha turma de dança que ainda nem sabia quem era ou onde estaria.

Diante disso, escuto um chamado: "Psiuu!" Ao olhar, vejo um grupo de meninas paradas diante de um corredor, que completam o chamado com a pergunta que provava a existência do título desse blog:

- Você vai começar dança do ventre hoje?

Antes que eu tivesse tempo para digerir entre o tom de seriedade e as risadas ao meu redor, finalmente me toquei que eu estava esperando no lugar errado. Definitivamente aquilo foi o empurrão necessário para que eu saísse daquele lugar e encontrasse o lugar certo.

Mal sabia eu que o lugar certo também é relativo à sorte. Por isso segue o relato nessa segunda parte da grande revelação concebida no primeiro dia de aula. Aproveite e veja também a Parte 1 Clicando aqui.

Parte 2: Proporção Áurea da Dança

Imagine que dentre 12 ou 13 alunos você é o único homem, e a partir de então o mundo se divide em dois: Para homens normais, o paraíso e para dementes normais, o inferno. Homens normais sentem-se mais homens numa situação como essa, acreditando fielmente que são os prudentes coyotes na assenção de seu território. No entanto, os dementes normais sentem que estão lugar errado devido a um simples cálculo matemático que visivelmente está errado. Sentem que o mundo lhes impõe um tipo de purgatório, e o ambiente atual, quaisquer que seja, parece explodir em mútuas rachaduras que naturalmente levarão ao desabamento, e antes que as colunas de fogo invadam o local, o próprio calor daquela enfática situação engolfa-os como lanças arremessadas para si; uma feliz presa que não se importa em ser alvo da própria demanda que o pressiona.

Como eu dizia, a falta de proporção entre alunos e alunas no salão de dança me deixou totalmente incomodado. Quase não conseguia respirar direito, e veja só o que eu estava fazendo para disfarçar o suar frio e a natural "tintura" vermelha cobrindo meu rosto? Dá-lhe celular! Aperta números aqui, se concentra e finge que aquele aparelhinho sem créditos, mensagens e contatos é a coisa mais interessante e importante do mundo. Conte até cinco, e repita a si mesmo que é o mestre de si, e que é capaz de controlar o próprio nervosismo. Um, dois, três... passou.

Claro que eu continuei um desiludido incapaz de ser o mestre de si e controlar o nervosismo, mas é que felizmente (ou infelizmente para alguma pessoa em meu lugar) o professor era homem, e junto dele mais dois alunos haviam acabado de chegar.

Mesmo ali, naquele mundo estranho e hostil para mim eu consegui ver a fantástica proporção áurea se formar. Essa proporção, como aprendi na faculdade e posteriormente consegui com ela entender a tal fama do homem vitruviano de Leonardo da Vinci. Em teoria, a razão áurea seria um número mágico que se encontra em todas as proporções da natureza, como no tamanho de cada seguimento do Nautilus, ou nas distâncias entre dos membros de seu corpo e até na lógica de nascimento aparentemente desenfreado de uma colmeia de abelhas ou toca de coelhos.

A Proporção Áurea na dança era de 13 mulheres para 8 homens, e um feliz equilíbrio do que tinha tudo para ser o caos enunciado no mundo. Eu só esqueci de dizer que isso tudo acontecendo, e até então, ainda não havia sequer começado a aula. Por mais frustrante que possa parecer, vou deixar para algum post futuro um relato mais preciso sobre o andamento dessas aulas de dança. Enquanto isso, vai um vídeo legal do Pato Donalds com um explicativo da Razão Aurea que eu disse.






Pois então, tudo isso para falar sobre números, razão áurea e nada sobre dança. Mas de qualquer modo, o que mais eu poderia dizer? Se eu ainda continuei as aulas de dança ou não, vou deixar em aberto. Talvez como tópico para uma possível parte 3 desse assunto.


Caso tenha alguma curiosidade em ver a Parte 1 e como essa história começou, clique aqui. E se você já viu, pode ler a parte 3 clicando aqui. Ou faça esse post mais útil deixando um comentário abaixo dizendo onde mais você já notou a existência da Razão Áurea, e se já parou para pensar sobre isso.