segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dança de Salão! Oh, não! [2]

Lá estava eu, ansioso e preocupado com a primeira aula de dança que ainda nem havia começado. Fiquei olhando para os lados como uma criança assustada, mas ao mesmo tempo atenta a qualquer aglomerado de pessoas que pudesse indicar a minha turma de dança que ainda nem sabia quem era ou onde estaria.

Diante disso, escuto um chamado: "Psiuu!" Ao olhar, vejo um grupo de meninas paradas diante de um corredor, que completam o chamado com a pergunta que provava a existência do título desse blog:

- Você vai começar dança do ventre hoje?

Antes que eu tivesse tempo para digerir entre o tom de seriedade e as risadas ao meu redor, finalmente me toquei que eu estava esperando no lugar errado. Definitivamente aquilo foi o empurrão necessário para que eu saísse daquele lugar e encontrasse o lugar certo.

Mal sabia eu que o lugar certo também é relativo à sorte. Por isso segue o relato nessa segunda parte da grande revelação concebida no primeiro dia de aula. Aproveite e veja também a Parte 1 Clicando aqui.

Parte 2: Proporção Áurea da Dança

Imagine que dentre 12 ou 13 alunos você é o único homem, e a partir de então o mundo se divide em dois: Para homens normais, o paraíso e para dementes normais, o inferno. Homens normais sentem-se mais homens numa situação como essa, acreditando fielmente que são os prudentes coyotes na assenção de seu território. No entanto, os dementes normais sentem que estão lugar errado devido a um simples cálculo matemático que visivelmente está errado. Sentem que o mundo lhes impõe um tipo de purgatório, e o ambiente atual, quaisquer que seja, parece explodir em mútuas rachaduras que naturalmente levarão ao desabamento, e antes que as colunas de fogo invadam o local, o próprio calor daquela enfática situação engolfa-os como lanças arremessadas para si; uma feliz presa que não se importa em ser alvo da própria demanda que o pressiona.

Como eu dizia, a falta de proporção entre alunos e alunas no salão de dança me deixou totalmente incomodado. Quase não conseguia respirar direito, e veja só o que eu estava fazendo para disfarçar o suar frio e a natural "tintura" vermelha cobrindo meu rosto? Dá-lhe celular! Aperta números aqui, se concentra e finge que aquele aparelhinho sem créditos, mensagens e contatos é a coisa mais interessante e importante do mundo. Conte até cinco, e repita a si mesmo que é o mestre de si, e que é capaz de controlar o próprio nervosismo. Um, dois, três... passou.

Claro que eu continuei um desiludido incapaz de ser o mestre de si e controlar o nervosismo, mas é que felizmente (ou infelizmente para alguma pessoa em meu lugar) o professor era homem, e junto dele mais dois alunos haviam acabado de chegar.

Mesmo ali, naquele mundo estranho e hostil para mim eu consegui ver a fantástica proporção áurea se formar. Essa proporção, como aprendi na faculdade e posteriormente consegui com ela entender a tal fama do homem vitruviano de Leonardo da Vinci. Em teoria, a razão áurea seria um número mágico que se encontra em todas as proporções da natureza, como no tamanho de cada seguimento do Nautilus, ou nas distâncias entre dos membros de seu corpo e até na lógica de nascimento aparentemente desenfreado de uma colmeia de abelhas ou toca de coelhos.

A Proporção Áurea na dança era de 13 mulheres para 8 homens, e um feliz equilíbrio do que tinha tudo para ser o caos enunciado no mundo. Eu só esqueci de dizer que isso tudo acontecendo, e até então, ainda não havia sequer começado a aula. Por mais frustrante que possa parecer, vou deixar para algum post futuro um relato mais preciso sobre o andamento dessas aulas de dança. Enquanto isso, vai um vídeo legal do Pato Donalds com um explicativo da Razão Aurea que eu disse.






Pois então, tudo isso para falar sobre números, razão áurea e nada sobre dança. Mas de qualquer modo, o que mais eu poderia dizer? Se eu ainda continuei as aulas de dança ou não, vou deixar em aberto. Talvez como tópico para uma possível parte 3 desse assunto.


Caso tenha alguma curiosidade em ver a Parte 1 e como essa história começou, clique aqui. E se você já viu, pode ler a parte 3 clicando aqui. Ou faça esse post mais útil deixando um comentário abaixo dizendo onde mais você já notou a existência da Razão Áurea, e se já parou para pensar sobre isso.

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