quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Retrospectiva Googleana 2010


Eu já tinha preparado um post para fazer uma retrospectiva sobre o que aconteceu em 2010 nesse blog e relembrar os eventos interessantes da copa e das eleições. Sem relembrar muita coisa além disso, eu pensei em usar o google para me ajudar a refrescar a memória. Pronto, eu não sabia que a desilusão do dia estava feita a partir desse instante.

Fui tentar fazer um resumo das quantidades de resultados obtidos pelo google com alguns termos em comuns. Já que é possível separar esses resultados por um período de tempo específico, eu quis tentar pegar os principais temas como "Esporte" e "Educação" de 2010 e analisar o que mais tinha sido discutido ao longo do ano. Mas minha surpresa foi que todos seguem uma quantidade média de resultados muito parecidas. É como se todos os assuntos mantivessem uma proporção exata de tudo (ou que o número de resultados nem funcione direito =D).

Para resumir, as pesquisas retornaram uma média de 2,4 milhões de resultados, sem muita variação, independente do termo pesquisado. Veja, por ordem dos mais pesquisados e a comparação entre 2009 e 2010:


Resultados de... 2010 2009 Diferença
Política 2,44 2,42 +2 ███████
Cultura 2,44 2,43 +1 ██████
Segurança 2,41 2,36 +5 ██████████
Religião 2,40 1,71 +69 WTF!?
Paz 2,40 2,39 +1 ██████
Saúde 2,39 2,36 +3 ████████
Ciência 2,39 2,40 -1 ████
Nerd 2,38 2,19 +19 NerdPower!? \o/
Educação 2,38 2,35 +3 ████████
Informática 2,38 2,39 -1 ████
Guerra 2,37 2,39 -2 ███
Esporte 2,36 2,35 +1 ██████
Tecnologia 2,36 2,39 -3 ██
Música 2,35 2,36 -1 ████
Sexo 2,23 2,22 +1 ██████


Agora, você pode até pensar que 2 milhões de resultados na web seja um número razoável, mas isso porque você não viu o que aconteceu quando tentei ser mais específico. Guerra, Música e Cultura são temas completamente superficiais quando você tenta usar a internet para aquilo que ela realmente veio ao mundo: que tal 124 milhões se procurar por "download"? Ou 70 milhões por "rock"? Na verdade, não faz muito sentido 70 milhões de resultados para rock e 2,35 para música. Ou seja, talvez seja bem provável que os critérios do indexador do google também usem algum algorítmo que remova certas palavras-chave da busca, dando mais preferência aos usuários que são mais específicos.

Google Insights

Até pensei em fazer um comparativo sobre os termos mais comuns, mais então lembrei que fazer isso é desperdício de tempo. Desilusões a parte, lembrei que já existe o bom e velho Google Insights. Basta entrar em google.com/insights/search e digitar um termo para ver o aumento das pesquisas sobre tal palavra com o passar do tempo. Mas uma das coisas legais é não colocar nenhuma palavra e fazer uma busca, para que ele traga os termos mais buscados dentro do google.



E das pesquisas recentes...


Olhar para essa lista e ver que tem pessoas pesquisando por "orkut login", me fazem pensar quantas pessoas não devem estar tentando encontrar uma fórmula mágica para descobrir o login de outras pessoas para facilitar a tarefa de "vasculhar a vida alheia". Mas é claro que eu não sou pessimista, e por isso vou fingir que todos que buscam por "orkut login" querem apenas descobrir como fazer login no orkut, já que é algo muito difícil.

E para honrar o único motivo de existência desse blog, ver bbb10 e justin bieber nos dois primeiros colocados com um "aumento repentino" já me fez ficar desiludido demais para continuar o post.

Sabe uma coisa legal que pode ser feita? Uma pesquisa aleatória no google sobre alguma coisa que você dificilmente não pesquisaria, e uma outra conflitante. Por exemplo:

  • Funk 62,6 x Livros 20,8 = Cultura Fail
  • Esporte 13,6 x Drogas 18,4 = Saude Fail
    A lista de fails é grande, e se encontrar alguma outra e quiser compartilhar aqui, os comentários são sempre bem vindos! =D
  • quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

    Retrospectiva Pessoal 2010

    O primeiro blog que eu tive já tinha sido um no próprio blogger, quando eu tinha 16 anos e tudo na internet era novidade. Era completamente mágico e encantador você fazer uma parceria de comentários entre blogs, onde você deixava um comentário lá em troca de um comentário aqui e vice-versa. Essa época passou, e de lá para cá tudo mudou assustadoramente rápido demais. E sempre é assim, tudo muito mais rápido do que o senso de se dar conta da mudança.

    Por isso, dois anos depois desse blog surgir, cá estou eu para fazer uma retrospectiva de tudo o que passou por aqui nesse ano, já que antes disso não havia nada muito útil por aqui. Hoje em dia ainda não há, mas pelo menos existe uma intenção que não havia naquela época.

    Surgimento desse Blog


    Já faz um tempo razoável que tenho esse blog. Não, não é desde 1992, como duas pessoas alguns já me perguntaram. A idéia era apenas usar o recurso de atribuição de data do blog para eu conseguir organizar as idéias e histórias que já tive na vida separando-as por datas. Mas seguindo uma sútil traição da minha memória, vi que isso seria uma tarefa quase impossível. Resolvi fazer o que eu já fazia lá pelos meus 16 anos: postar acontecimentos que a vida me trazia, num simples propósito de fazer o que os blogs significam: um diário virtual. Mas com isso, agregaram-se alguns contos e animações que eu sempre gostei de fazer.

    Isso aqui era uma confusão total até mesmo para mim. Eu queria postar coisas sobre os sites que fazia, sobre tutoriais de programação e sistemas que ocasialmente criava. Iria ser ainda mais confuso do que já estava, e mais uma vez me vi dividindo as coisas. Foi só a pouco tempo atrás que começei a me esforçar mais para dedicar mais tempo ao blog, mesmo que isso significasse encontrar tempo onde já não tivesse mais.

    Começo nostálgico


    Em janeiro eu tive uma fiel sensação de que o ano seria um dos melhores, pois dois eventos muitos chatos fizeram com que o segundo semetre de 2009 fosse completamente detestável para mim, e eu tentava superá-los. O ano da graça de 2010 surgiu com a premissa de que tudo seria diferente, a ponto de uma reviravolta em minha vidinha pacata ter deixado meu senso temporal vascilando entre o passado, presente e futuro. Não foi por acaso que o primeiro post desse ano foi uma memória de infância, com uma das minhas reflexões mais antigas.

    Google Analytics


    E todo o grande fervor do ano novo seguiu até janeiro começar de verdade. Acabaram as férias e a rotina do trabalho me atingiu com um golpe no estômago. Onde estava as propostas de que tudo mudaria? Nada conspirava à esse favor. Eu não conspirava a meu favor. Independente disso, resolvi instalar o google analytics aqui no blog para saber se mais alguém além de mim lia esse blog. Satisfatoriamente, não. Minha idéia de escrever apenas com o propósito de guardar coisas inúteis aqui estava indo bem.

    Continuou bem, até eu perceber que ocasionalmente atraía alguma visita de alguem que procurava no google coisas referentes a desilusões. Para ser mais específico, perfis para orkut que tivesse como texto algo falando sobre desilusão. Graças ao google analytics eu descobri que tinha postado aqui meu próprio perfil do orkut, e por idiocites a parte, esquecido de apagar, e com isso, atraía gente que tinha acabo de sofrer alguma tristeza gigantesca (normalmente ligado ao amor) e então entrado aqui. Tudo o que fiz foi trocar o post com meu perfil por um mais direcionado a essas pessoas que chegavam aqui: Porque expressar uma desilusão? Ninguém me deu essa resposta, mas acredito que a pergunta devesse ser outra: Afinal, porque não expressar uma desilusão?

    Doses e Contra-Doses


    E finalmente o blog ganhou, o que eu considero como um dos melhores posts relacionados a desilusão. Um post gigante divido em quatro partes, que até hoje é um dos mais fáceis a serem encontrados pelo google: digite "efeito placebo desilusão" no google e esse post está entre os primeiros resultados. Por isso, é comum pessoas que tomam remédios a base de placebo entrarem aqui achando que o post está relacionado ao mesmo. Talvez descubram que os efeitos de um remédio placebo sejam ineficazes. Na verdade não é, mas isso não vem ao caso.

    E com uma dose de munição para o blog, mais desilusões vieram logo depois. Dessa vez relacionadas ao seriado Lost, que teve um daqueles finais capazes de dividir o público inteiro entre os que amaram ou odiaram a série. Eu fiquei do lado dos que amaram, principalmente porque fui previlegiado de acompanhar a experiência de confrontar teorias e discutir lost em tempo real nos fóruns.

    O que mais me agradou em Lost foi o fato dele não ser um desses seriados movidos pelo dinheiro sem fim, como 24 horas ou Smallville. Dia 23 de maio (não por um acaso), a série se fechou, e a partir daquela noite, milhões de sites explodiram com comentários frenéticos para ir atrás da teoria final sobre lost.

    Até eu tentei entrar na onda, mas não tinha tempo para fazer uma discussão aprofundada sobre o assunto, e por isso, prometi que dividiria meu post gigante e superficial em três partes, sendo que estou guardando a última para caso alguma notícia nova e estarrecedora envolvendo lost surja na mídia novamente. Caso você não esteve presente no planeta Terra nos últimos anos e nunca ouviu falar de nada disso, então leia minha análise em duas partes aqui e aqui.

    Na metade do ano aconteceu a copa do mundo, e todo mundo teve o direito de enxingar Dunga e se achar o mais expert em futebol, mesmo que nunca tivesse acompanhado um jogo das classificatórias. Eu, com meu ódio natural pelo futebol, acabei indo na contramão do assunto e fazendo um post sobre economia. A única coisa que vale a pena desse post, caso você ainda não tenha visto, é a minha montagem envolvendo cavaleiros do zodiaco com figurinhas da copa do mundo. Clique aqui e dê uma olhadinha, ao menos para ver a imagem, já que o texto, como já disse, vai na contramão de tudo.

    Ritmo de Enfoque


    Passando a metade do ano, havia tantas coisas explodindo na minha cabeça que resolvi fazer uma coisa absultamente sem sentido. Pelo menos pra mim, essa foi a minha saída da rotina mais radical de 2010, depois de estar em um show de rock sem saber como raios fui acabar lá. Entrei numa escola de dança de salão, para descobrir o quanto eu sou péssimo nisso. Resisti aos dias mais vexaminosos desse ano, e por conseqüência sai escrevendo mais um post gigante que naturalmente ficou dividido em três partes e ainda podem vir mais. Veja a saga de robocop uma pessoa com movimentos limitados tentando fazer algo cujo corpo não foi projetado para isso. A parte um e dois estão por aí, e a três me deixa com vergonha até mesmo de clicar no botão "publicar post" do blogger.

    Vergonha-Alheia-Master à parte, o blog começou a tomar mais foco nos últimos meses. Eu começei a direcionar o assuntos que postava aqui ligando ciência + reflexão. E graças a isso que surgiram posts interessantes, como esses:

  • Partículas de Energia
  • Refletindo: O Segredo
  • Tutorial da Imortalidade
  • Malevolência do Amor
  • Benevolência do Amor
  • Desilusões do Tempo

    Finalmente, fora da desilusão


    Entre esses posts com a mente voltada para reflexões em geral e pitadas de ciência, finalmente eu me senti que estava curado de todas as desilusões acumuladas no ano. Tanto que me senti confiante para escrever as dicas para sair de uma desilusão. Ali, durante a sensação de que tudo estava correndo bem, descobri que tudo poderia ficar ainda melhor. E ficou com a chegada de Laika em casa, e o post de despedida de tudo o que me fazia mal para trás. O título "choro límbico" veio completamente a calhar. Finalmente estava reerguido das cinzas.

    Dizem que quando uma pessoa está em sã consciência e fora de qualquer desilusão, ela se importa com o mundo em que vive e deseja ficar informada sobre as notícias que envolvem tudo ao seu redor. Em outras palavras, todos nós desejamos saber daquilo que nos importa, e quanto mais a loucura atinge um ser, menos ele vai se importar com as coisas, e por isso, menos assuntos lhe terão importância.

    Já li alguns textos de psicologia explicando que para você saber se está perto ou longe de uma depressão, basta fazer uma comparação sobre quantos assuntos diferentes e atuais estão no seu dia-a-dia. Falar sobre o presente reforça sua sanidade, ao passo que falar do passado ou futuro o torna mais insano.

    Claro que esse post não me torna insano pelo fato de falar do passado, já que retrospectiva também é um assunto atual recorrente do ano novo! =D
    E por falar em atualidades, a prova de que eu estava mesmo curado das desilusões me fez falar de assuntos no tempo em que eles aconteciam, como por exemplo, durante a época das eleições expûs minha revolta postando o desabafo político e também resolvi criticar todo aquele même entorno dos candidatos biombos postando um texto sobre os cacarecos da vez.

    E finalmente, de modo ainda recente, estava pronto para falar da Wikileaks e daquela descoberta frustrante da Nasa em torno das bacterias de arsênio.

    Conclusão


    Aconteceu muita coisa em 2010. E aí, quando eu olho para final do post e me pego falando sobre estar fora de desilusões, recaío sobre terra. Afinal de contas, todo dia é um recorte de momentos, e a vida é apenas a parte desses momentos que valeu a pena ser armazenada. Sejam coisas boas ou ruins, geralmente são apenas os "maus momentos" que tendem a ficar presos nas lembranças. São graças a eles que existem os traumas, e são graças a eles que os humanos evoluíram. Uma criança que encosta a mão no fogo e se queima terá aquele "mau momento" sempre associando a dor do fogo e o medo de tocá-lo novamente. Se todos os "maus momentos" forem capazes de nos ensinar algo, então viver fora desilusão não é algo tão bom assim. Desiludir é uma forma de crescer. E com crescimentos à parte, meu último post "útil" de 2010 foi justamente o que falava sobre o mundo e sua taxa insconstante de natalidade. Se ainda não viu, veja agora!

    Esse não será a última postagem do ano, embora quando eu desejei o "feliz natal" dei a entender que seria.
    Em todo caso, essa pode ser a última chance de você deixar um comentário em 2010. Por isso, pense nisso e comente!
    E antes que eu me esqueça, espero que todos façam uma retrospectiva pessoal também, a ponto de fazer que esse ano que termina não simplesmente termine, e que parte dele some de modo consciente a vida. Feliz 2011!
  • sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

    Fim de ano 2010

    Eu já escutei pessoas dizendo que odeiam o Natal. Eu já tive motivos para odiá-lo também, mas hoje acho isso incoerência com sua significação mágica. O mundo (ou 80% dele) para durante uma época para poder trocar as filosofias de bar por filosofias de família. E por isso que é tão legal. Por isso que é místico. Por isso é natal.



    Natal é uma boa época para reflexões, principalmente porque há uma chance de se fazer promessas vazias para o ano seguinte e recaptular os erros e acertos de tudo para ver o que aprendeu e desaprendeu durante o ano inteiro.

    Também é a época em que você tem um pretexto para dizer "oi" para quem nunca diz, e essa pessoa não vai achar anormal e nem associar seu "oi" a um desejo conseguinte de pedir algo. Por isso eu adoro o natal! Enfeites natalinos dependurados nas ruas, crianças pesquisando no google sobre truques para enganar o papai noel e principalmente, a esperança de que tudo pode ser moldado da forma como precisa.

    E nesse rítmo de natal, esse post não trás nada muito útil e nem visa agregar nenhum tipo de informação nova sobre nada. E por isso, vou resumir minhas palavras apenas para desejar um Feliz Natal. E por falta de fotos complementares que possam ilustrar essa época natalina, vou postar apenas uma que significou muito para mim no natal do ano passado.

    Uma foto de baixa qualidade que nem dá para ver direito. Mas é da principal avenida de São Paulo, num dia em que eu estava tendo um sonho antigo de criança realizado. Para esse ano nada de fotos, nada de histórias e nem mais posts natalinos. Apenas um Feliz Natal à todos!

    Você já ouviu que natal é época de solidariedade, certo? Então pratique todo tipo de solidariedade que puder. Presenteie algum desconhecido, sorteie cartinhas de correio para crianças carentes e faça o natal de outra pessoa feliz. Ou talvez, perdoe alguém que lhe magou. Desfaça suas mágoas. Diga um "olá" pessoalmente para quem você geralmente não diz, ou se a distância e o tempo não permitem, telefone. Ou mande um e-mail, deixe um recado personalizado no orkut (nada de selecionar todo mundo e mandar uma mensagem genérica!). Enfim, recorde e reforce que vale a pena sermos humanos nesse mundo com tantos zumbis.

    Tem gente que se contenta com pouco. Eu por exemplo, me contento com um simples comentário de saber que alguém leu isso aqui. Feliz Natal!

    terça-feira, 14 de dezembro de 2010

    Crescimento Populacional

    Final de ano, e tudo parece se resumir a enfeites de natal e viagens constantes ao centro da cidade para comprar os presentes que técnicamente não deveriam ser comprados na última hora.

    Isso tudo para serve para você perceber quanta gente existe e como realmente parecemos com um formigueiro. Mas porquê raios existe tanta gente, e o principal: Se a cada ano o número de pessoas cada vez aumenta mais, quando será o limite dessa atividade natalina? (ficou fraco o trocadilho com natalidade, eu sei)

    Crescimento Exponencial

    Existe algum tipo de cálculo matemático que prevê que o mundo terá cerca de 9 bilhões de pessoas em 2050. Eu discordava disso prontamente, pois a curva de crescimento populacional de hoje é muito maior e certamente é muito mais rápida do que isso. Assim como todas as criaturas na natureza respeitam a equação de Fibonnacci na reprodução, isso não poderia deixar de ser diferente na evolução humana.

    Para resumir, considere que dois casais geram dois filhos que irão gerar mais dois filhos cada e assim sucessivamente. Chegará um momento em que as contas vão ficando cada vez mais feias. Pergunte para qualquer pessoa mais velha se o número de pessoas nas ruas aumentou e ela relembrará dos belos momentos em que andar nas estradas de terra era tão calmo e silencioso. Hoje em dia já não há apartamentos para tanta gente, e quem dera a quantidade de terrenos e espaço para construir novos edifícios seja infinito.

    Lá pela década de 90 existiam cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo. No começo do milênio eram 3 bilhões e agora já estamos a quase 7. Aplicando a lei de Fibonnacci, em 2050 haverá cerca de 42 bilhões de pessoas. O número é tão assustador que eu não consigo imaginar recursos naturais para tanta gente assim. Mas, claro que eu acordei levente para a realidade, e foi aí que entendi como era mais um desiludido no assunto.

    A Lei do Crescimento

    Eu só me dei conta que os meus cálculos de crescimento exponencial estavam errados quando eu lembrei que um planeta com mais de 450 bilhões de anos já devia estar dominado por coelhos e ratos gigantes. E mesmo considerando que o número de predadores para cada espécie está em uma certo equilíbrio e que certos fenômemos naturais mudam essas equações com facilidade, mesmo assim eu não estava entendendo qual lógica a natalidade e mortalidade seguiam.

    De repente, achei um site que trouxe uma explicação bem simples para tudo isso.

    Pesquisando mais a respeito, entendi que primeiro as coisas vão devagar até que fique bem conhecido o ambiente e seja ditado um ritmo consistente do crescimento. Quando tudo parece estar perfeito, então a população começa a crescer de modo alucinado, visando usar o maior número de recursos possíveis para garantir o melhor padrão de vida. Pelo fato de que geralmente as raças (animais e humanos) não terem o hábito de pensar no futuro, chegará um momento em que os recursos naturais começarão a ficar cada vez mais escassos. Aqueles que tiverem mais recursos nesse tempo irão garantir que sua linhagem vá mais longe, e pouco a pouco os mais fracos são eliminados.

    Graças a isso vai acontecendo a evolução, onde geralmente quem melhor se adapta as condições impostas pelo mundo (e pela própria raça) é quem melhor garante a sobrevivência. Existe uma discussão a respeito disso, dizendo que esse é um dos motivos para o mundo não ser dominado por bacterias e certos insetos, cujos nascimentos (no caso das bacterias) podem chegar a milhões por vez. Imagine um milhão gerando gerando mais um milhão que cada um vai gerar mais um milhão a cada cria? Em cinco anos e você descobriria que as nuvens nos céus são vivas e que a chuva não é nada além de... bom, deixa pra lá.

    Enfim, o crescimento exponêncial não acontece porque a vida é mais cruel do que se imagina. Mas vamos convir que até o século passado estamos sobre um fator chamado "eminência de guerra", que colocava as taxas populações sem aumento certo. Nada impede que novas guerras não surjam repentinamente, ou que novos fenômenos avassaladores não cubram o planeta com cada vez mais frequência nos anos seguintes (que venha 2012!).

    Conspirações Básicas

    Se falar sobre coisas abrangentes e não falar de conspirações é quase como sinônimo de ser superficial, mesmo que alguns acreditem que ser superfical é justamente falar de conspirações. Indagações a parte, o fato é que sempre há alguém pensando em nós (oh, que bonito!). Infelizmente não de um modo tão romântico assim, mas sempre que políticos, empresas ou poderosos de influência olham para estatísticas, eles olham para você ali. "Se cada brasileiro me pagar 1 real, terei 200 milhões de reais e poderei investir em tal coisa".

    Não é difícil imaginar que em uma crise de fome mundial, por exemplo, alguém estará tentando garantir rumos melhores para seu próprio lado e colocando você na posição que melhor convir a eles. Graças a isso conspirações existem, e graças a isso o crescimento populacional também está dentro de alguma dessas conspirações. Vou deixar para falar mais sobre isso em algum outro post, mas uma legal seria sobre a Skynet Haarp (High Frequency Active Auroral Research Program) que em resumo surgiu de um cientista que disse para algum homem poderoso: "E se eu lhe dissesse que pode haver um método de controlar o mundo?" No caso da Haarp é o clima mundial, e como toda conspiração bem consistente, existem aqueles defendendo que os caras são tão fantásticos que conseguem manipular sua mente sem você se dar conta. E tudo isso com vários critérios científicos envolvendo magnetismo e ondas de alta frequência que deixam qualquer leigo (como eu) ainda mais iludido.

    Conclusão

    Nós não somos coelhos. Ou seja, a equação mágica de Valenzetti Fibonnacci não pode ser facilmente aplicada a raça humana porque somos imprevisíveis. Ninguém sabe quando haverá algum vírus que tornará todos zumbis, ou quando um megatsunami vai acontecer.

    Devido a essas incognitas, tudo o que resta é esquecer estatísticas de como e quanto a população será daqui a 10 ou 100 anos e fazer como todos os outros animais de nosso planeta: viva apenas pelo presente, ou no máximo, para o futuro tangível de experimentação.


    Caso queira ler um post interessante à respeito do crescimento populacional, veja a teoria da Curva em J, que também explana bem esse assunto sobre a lei do crescimento nas espécies além de fechar com um questionamento interessante:

    "Por que o limite de capacidade não se aplica à humanidade? Alguém pode dar uma explicação para isso, ao invés de uma crença dogmática no avanço tecnológico? É como crer que só porque o barco não afundou ainda, podemos continuar enchendo-o de buracos..."

    Se você achou esse post coerente ou incoerente demais, expresse-se deixando seu comentário. Ou então, procure alguma coisa com mais evidências, como por exemplo:

    sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

    Viva uma vida de Arsênio


    Opa! Uma nova onda passageira por aí. Modinha falar de bactéria e fazer piadinha com alienígenas. O que eu ainda não entendi até agora, é se de fato existe tanta importância nisso como a repercusão mostra.

    Afinal de contas, como um tipo de coisa pode causar tantas surpresas se, de um modo geral, já era esperado que sabemos muito menos de 1% sobre a vida?


    Tensão Pré Inicial

    Quando começou todo o alvoroço (ou nem tão alvoroço) em torno da nova descoberta da NASA, eu realmente quis acreditar que tal descoberta fosse capaz de mudar minha vida. E então, as preparações antes da conferência que causaria o nascimento de uma nova ideologia mundial trouxe cada vez mais ansiedade. "Isso vai mexer com toda a comunidade científica", diziam eles. "É uma nova espécie de vida", alegavam outros. "Oh, é um alien em Marte!", pensava eu.

    Como toda expectativa não atendida gera decepções, a nova descoberta da NASA não mudou nada para mim. Com certeza mudou para todos os que entendem um pouco mais de biologia ou estudam nessa área, mas para mim, como um mero mortal ignorante espectador, tudo foi muito indiferente.

    O nome desse novo "alien" não é mais criativo do que Et Bilu ou Reptiliano. Simplesmente chama-se GFAJ-1, que tecnicamente falando é uma espécie de derivação genética de outra bacteria mais comum. Nesse caso, o pai da alienígena se chama Halomonadaceae Gamoproteobacteria. Eu queria fazer alguma piadinha com esse nome, talvez dizendo que finalmente o jogo Halo ganhou fundamentação, mas deixa pra lá.

    De qualquer modo, o que raios tudo isso significa?



    A Origem da Vida

    Em um planeta distante lago da California (Mono Lake) existia há muito tempo uma espécie de vida da qual ninguém suspeitava. Talvez existisse há milhares de anos. Talvez antes dos dinossauros. Talvez antes da primeira espécie de vida no planeta.

    O interessante dessa descoberta, em outras palavras, é o fato de existir alguma espécie de organismo vivo que consiga energia em coisas tão improváveis quanto o arsênio.

    Como eu andei lendo por aí, o arsênio chega a ser considerado um semi-metal, e de certa forma, ele é algo tóxico para muitas criaturas do planeta.

    E a coisa mais interessante nisso tudo, é o fato de gerar mais incertezas sobre todas as nossas crenças mundanas. Muitos olhavam para todos os planetas de nosso sistema solar como bolas de sorvete coisas inóspitas e incapazes de ascender para algum tipo de evolução inteligente.

    E então, eis que em um lugar nem tão longe assim, eles encontram vida se desenvolvendo em um lugar improvável. Quer mais improbabilidade que essa? É só olhar para o espaço e reconhecer nosso tamanho minúsculo comparado ao universo.

    Nada sobre nada é certo. Nem os tipos de bacterias que estão no próprio corpo, nem nas que estão em todos os livros de ficção científica. Quando chegar um dia em que a raça humana não tiver mais nada para descobrir, isso não significará que ela descobriu tudo; apenas que se contentou com as respostas que obteve.

    Sobrevivência Microscópica

    Milhões de bactérias estão por aí, cada uma com suas composições e estudos equivalentes. Muitas são "desconhecidas" e outras são descobertas conforme a percepção tecnologia avança.

    E em um belo dia desses surge essa nova GFAJ-1, que se "alimenta" de algo diferente do usual, e graças a isso incorporou esse elemento inusitado até mesmo na própria estrutura genética. O DNA da criatura é de outro planeta, quase que literalmente falando, se não fosse pelo detalhe de estar nesse planeta.

    Há pouco tempo atrás, eu joguei Osmos, que possui um conceito muito original: interpretar o papel de uma molécula no mundo molecular. Vários daqueles conceitos realistas visulmbrados no jogo trazem uma única constatação de tudo: A luta pela sobrevivência.

    Não importa o teor da inteligência em qualquer partícula desse mundo, mas em grande maioria (para não dizer em todas) a busca pela sobrevivência é sempre recorrente. Sobreviver ao estilo cada um por si, ou sobreviver improvisando, reproduzindo, fungindo, se escondendo... enfim, acredito que mesmo a mais improvável das criaturas tem uma espécie de apreço pela vida, seja lá o que isso significar pra elas.

    O que não faz o menor sentido são criaturas que fogem desse conceito natural. Pessoas que desprezam a própria vida talvez tenham uma linha de inteligência menor do que a de uma bactéria sem noção.

    Conclusão

    Talvez Tolkien tenha razão: O mundo pode ser de fato uma bela composição musical, e nós, por sermos apenas ouvintes distantes, apenas passamos a vida tentando encontrar a melhor dança nesse ritmo musical que sempre muda. E alguns mais ousados até tentam descobrir de onde a música vem.

    Se algum dia, em milhões de séculos de evolução nós conhecermos um dos instrumentos, viveremos satisfeitos até entender que uma orquestra é feita por vários instrumentos diferentes, e novamente novas respostas surgirão, sempre levando a uma pergunta nova que jamais terá solução.


    Se você não é composto de arsênico mas quer descobrir uma forma de mudar seu código genético e conquistar a imortalidade, dê uma lida em meu tutorial para a imortalidade ou conteste a suposta teoria de que o nosso DNA tem vida.

    Mas é claro, antes de cair em uma nova desilusão, deixe um comentário expondo a parte de seu código genético que reflete a opnião abaixo!