sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Paradigma das Guerras - parte 2


No post anterior, eu havia iniciado minha seqüência de posts fazendo um resumo sobre essas mecânicas que englobam as Guerras. Se você ainda não viu, leia sobre os Motores da Guerra e faça um comentário sobre o vídeo sem sentido postado logo na abertura do post.

Sendo simples e direto, vou apenas enumerar os três pontos que eu considero como os fatores capazes de desencadear qualquer guerra do mundo. Diferente dos Motores, isso não tem nada a ver com a política, religião ou fanatismo que envolvem as motivações para continuar as batalhas. Pois, essa trindade perigosa pode ser completamente boa e segura se não houvessem alguns acontecimentos-chave capazes de desencadear todo o resto.

A Desencadeação


Não importa quem esteja em uma guerra, mas acredito que ela sempre inicia quando três fatores acontecem:
  • 1) Inimizade
    Um grupo muito grande de pessoas (ou animais, bactérias, insetos ou aliens) tem posições muito contrárias às ideologias de outrém. Aquilo que você acredita é muito diferente do que o outro acredita, e por isso o outro está errado. Como ninguém aceita ter sua opnião mudada, então quanto mais contrária forem as ideologias, mais esse fator se agrava. Quando um ponto se declara inimigo do outro, então esse fator está completado.
  • 2) Território
    "Cada macaco no seu galho". Graças a isso as coisas conseguem ter mais equilíbrio. Se seus inimigos não vem até você e você não vai até eles, então a guerra não acontece. Hoje em dia é dificil acontecer uma guerra porque ninguém planeja (ou pelo menos não publicamente) expandir seus territórios. Em regras gerais, por enquanto esse é um fator de segurança para todo mundo.

  • 3) Pós-Guerra
    Por mais estúpida e sem sentido que uma guerra pareça, nenhum povo, país ou legião vai iniciar uma guerra sem ter idéia do que mudará com sua vitória. Vencer por vencer não é nada inteligente quando muita coisa entra em jogo. Na época medival as guerras geralmente aconteciam visando expansão de seu território e garantia de imposição às terras desconhecidas. Na guerra-fria visaram a liderança da economia mundial, em 2001 o petróleo, e assim por diante. Se as vantagens da Pós-Guerra não forem significantes, então a guerra não acontece. Hoje em dia esse é o principal fator que inibe as guerras, já que a vantagem de se vencer uma guerra não se compara ao medo do perdedor, que por não saber perder, pode começar a usar armas nucleares de modo insano e dizer adeus ao mundo.

Como dizem por aí, uma Guerra pode movimentar muito dinheiro na economia de um país, já que o material bélico é caro e a tecnologia empregada nele precisa ser a melhor de todas para se garantir vitorioso. Os soldados que estão ali para serem mortos não precisam necessariamente concordar com a estratégia que seus líderes estão usando para vencer a guerra, pois tudo que eles estão fazendo é lutar pela sobrevivência.

Para finalizar, apenas uma frase de Mestre Yoda que pode ser aplicada para qualquer um que, por algum motivo, vê no inimigos, no território e na pós-guerra um motivo real para lutar:

_"Grande guerreiro, é? Guerra não faz grande ninguém."


Esse post foi um esboço, motivado por uma notícia que surgiu antes dessa crise do Egito ter terminado. Lá a Al-Quaeda já incentivava uma guerra, querendo ver o circo pegar cada vez mais fogo. Eu tentei pensar como existe gente que vê guerra em tudo, e como tem gente que vê na guerra a solução para tudo. Mas, desilusões a parte, logo eu lanço o último post falando dessa crise que acabou. Por enquanto, aproveite para ver a parte um do paradigma clicando aqui.

Paradigma é uma palavra interessante para definir as regras que envolvem alguma coisa. Então, eu diria que os comentários são os paradigmas dos posts, enquanto a falta deles um paradoxo. Então, se não achar que esse post mecere um comentário aqui, que tal voltar no tempo (quebrando paradoxos) e postar no outro post?

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