Como disse nos posts anteriores, acredito que uma guerra se inicia por três fatores e se mantém devido a três motores. Caso ainda não tenha lido, veja aqui os Fatores da Guerra e depois veja se concorda com os Motores da Guerra. Esse conjunto de regras predeterminadas é o que seria o Paradigma em si.
A árvore somos nozes.
Sempre no começo é uma planta desconhecida. Parece bonitinha, e seu primeiro sopro de vida é uma minúscula ponta verde saltando da terra. Mas ninguém se lembra que essa mesma planta apenas está tentando, de todas as formas, ficar longe da terra que a aprisiona. Ela pode até parecer pequena e inofensiva, mas então, um dia ela pode se tornar grande e imponente, causando a admiração e respeito de muitos.
Talvez, dado o curso das coisas, em algum momento essa planta - agora árvore - pode vir a atrapalhar o caminho. Ela é imóvel e não vai sair de lá por conta própria, ao menos que seja cortada. Na época ela não era um mal, então os ditados de "corte o mal pela raiz" não vigorariam. Mas hoje vigoram, ineficazmente, porque o processo é irreversível.
Se essa árvore-do-mal existisse na vida real, muito provável ela seria tão poderosa ao ponto de conseguir um cargo importante. Talvez a presidência de um país. Faria sombra nos momentos de calor à quem estivesse debaixo de suas copas, embora fosse um risco contante de queda dos imensos galhos durante as tempestades.
E no começo era apenas uma plantinha desejando alcançar o céu enquanto suas raízes ramificavam e garantiam que nada lhe destruiría no futuro. Como dizia o filósofo moderno: "Para alcançar o céu, as raízes devem estar presas no inferno".
Agora que ela está grande e implacável, sua queda parece difícil. Cada vez mais e mais pessoas unem suas forças para derrubar aquela aberração que atrapalha o caminho. No entanto, a força delas é pequena porque a sustentação da árvore não está somente naquela imagem imponente que elas vêm; a sustentação ainda se mantém ramificada por debaixo do mesmo solo que pisam.
Jihad
E agora, imagine algum evento aleatório. Por exemplo, esse último caso da crise do Egito, que tinha uma árvore difícil de ser cortada. Como se o sangue já derramado fosse insuficiente (400 mortos?), surgiu a Al-Qaeda com suas declarações de que agora era o melhor momento para uma Guerra
Não seria a primeira guerra do Egito, mas naquela época, devido a mentalidade global até que isso era mais "aceitável". Mas hoje em dia, você olha para aquelas pirâmides, e encontra muitos historiadores ainda engatinhando perplexos diante de tal engenhosidade escondida naquelas construções. Se fossemos considerar a história da raça humana, tudo aconteceu a pouco mais de um minuto atrás.
Agora olhe para esse mesmo Egito de novo. Olhe para um homem que estava no poder e que não se importava com que milhares de pessoas pensavam sobre si. Não pode ser o mesmo Egito dos faraós e cleópatras que estamos falando. Se bem que, Egito sempre teve uma quedinha pela violência (mesmo depois da
E, nem tão longe dali, encontramos outra unimente tentando mudar (mais uma vez) esses paradoxos. Al-Quaeda mais uma vez levantando a bandeira de que sem guerra as coisas não podem ser resolvidas. Se a polêmica me permite, até onde será que a guerra triunfa sobre a paz? Nunca, você pode dizer, prontamente. De fato, a guerra não triunfa sobre a paz porque ela é uma antítese da vida, e clamadores da sobrevivência que somos, a paz sempre deve triunfar sobre todo o mal.
Mas, será que apenas com a paz, tudo pode ser resolvido?
Pátria Amada, Salve-Salve
Temos muita sorte de estar no Brasil. Terra da malandragem abençoada e da supremacia em esquiva. Esquivamos de tudo naturalmente, e aqui temos um milhão de problemas diferentes dos outros, mas sem dúvidas, poderia ser pior. Quem se importa que o salário mínimo é piada se o desemprego o faz desejado? Quem se importa com a corrupção se podemos rir dela em stand-ups? Quem se importa com o que é certo, se nossos parâmetros de certo-e-errado nem estão bem escritos na constituição e legislação?
Com tantos quem se importa, vou apenas finalizar com um vídeo, caso você ainda tenha alguma dúvida sobre o que pensar do Brasil. O documentário é curtinho e fala sobre a visão dos americanos sobre nós. Vale a pena assistir, e caso tenha alguma coisa a comentar, seja aqui ou lá, por favor, não passe vontade =P.
Não sei se você se lembra ainda, mas logo na parte 1 desse post eu havia começado com um vídeo muito estranho e sem sentido com uma espécie de guerra entre formigas e cupins. Geralmente essas batalhas no mundo animal não servem para reflexões muito profundas, mas preciso finalizar o post com um link tão relevante quanto.
Ao falar de Paradigmas envolvendo as Guerras, eu acabei mencionando que a estratégia de vitória e o investimento em tecnologia e posição de inteligência são muito importantes. Mas o que você poderia dizer daqueles casos que uma pessoa sozinha é capaz de parar uma guerra? Não estou falando de Tiananmen e nem de heróis da ficção, e sim de uma vespa
Tinha um cara chamado Donald Rumsfeld que tinha certeza que todas as estratégias de guerras atuais estavam erradas. Então ele pensou: "Não importa a quantidade de gente em um exército inimigo, desde que seu ataque seja mais rápido do que o tempo de defesa deles". Tudo isso apenas complementa certo dito popular: "a melhor defesa é um ataque inesperado". Pois é, e talvez, parafraseando o que já está parafraseado: "a melhor destreza gera um comentário inesperado".
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