segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Paradigma das Guerras - parte 3


Como disse nos posts anteriores, acredito que uma guerra se inicia por três fatores e se mantém devido a três motores. Caso ainda não tenha lido, veja aqui os Fatores da Guerra e depois veja se concorda com os Motores da Guerra. Esse conjunto de regras predeterminadas é o que seria o Paradigma em si.

A árvore somos nozes.


Sempre no começo é uma planta desconhecida. Parece bonitinha, e seu primeiro sopro de vida é uma minúscula ponta verde saltando da terra. Mas ninguém se lembra que essa mesma planta apenas está tentando, de todas as formas, ficar longe da terra que a aprisiona. Ela pode até parecer pequena e inofensiva, mas então, um dia ela pode se tornar grande e imponente, causando a admiração e respeito de muitos.

Talvez, dado o curso das coisas, em algum momento essa planta - agora árvore - pode vir a atrapalhar o caminho. Ela é imóvel e não vai sair de lá por conta própria, ao menos que seja cortada. Na época ela não era um mal, então os ditados de "corte o mal pela raiz" não vigorariam. Mas hoje vigoram, ineficazmente, porque o processo é irreversível.

Se essa árvore-do-mal existisse na vida real, muito provável ela seria tão poderosa ao ponto de conseguir um cargo importante. Talvez a presidência de um país. Faria sombra nos momentos de calor à quem estivesse debaixo de suas copas, embora fosse um risco contante de queda dos imensos galhos durante as tempestades.

E no começo era apenas uma plantinha desejando alcançar o céu enquanto suas raízes ramificavam e garantiam que nada lhe destruiría no futuro. Como dizia o filósofo moderno: "Para alcançar o céu, as raízes devem estar presas no inferno".

Agora que ela está grande e implacável, sua queda parece difícil. Cada vez mais e mais pessoas unem suas forças para derrubar aquela aberração que atrapalha o caminho. No entanto, a força delas é pequena porque a sustentação da árvore não está somente naquela imagem imponente que elas vêm; a sustentação ainda se mantém ramificada por debaixo do mesmo solo que pisam.

Jihad


E agora, imagine algum evento aleatório. Por exemplo, esse último caso da crise do Egito, que tinha uma árvore difícil de ser cortada. Como se o sangue já derramado fosse insuficiente (400 mortos?), surgiu a Al-Qaeda com suas declarações de que agora era o melhor momento para uma Guerra Santa. É mais ou menos assim: "Já que o copo caiu no chão e trincou, então agora temos que triturar".

Não seria a primeira guerra do Egito, mas naquela época, devido a mentalidade global até que isso era mais "aceitável". Mas hoje em dia, você olha para aquelas pirâmides, e encontra muitos historiadores ainda engatinhando perplexos diante de tal engenhosidade escondida naquelas construções. Se fossemos considerar a história da raça humana, tudo aconteceu a pouco mais de um minuto atrás.

Agora olhe para esse mesmo Egito de novo. Olhe para um homem que estava no poder e que não se importava com que milhares de pessoas pensavam sobre si. Não pode ser o mesmo Egito dos faraós e cleópatras que estamos falando. Se bem que, Egito sempre teve uma quedinha pela violência (mesmo depois da invasão conquista de Alexandre Magno) e tudo o que mudou e continua mudando de lá pra cá é somente a unimente.A forma de pensar seguindo um modelo global de pensamento.

E, nem tão longe dali, encontramos outra unimente tentando mudar (mais uma vez) esses paradoxos. Al-Quaeda mais uma vez levantando a bandeira de que sem guerra as coisas não podem ser resolvidas. Se a polêmica me permite, até onde será que a guerra triunfa sobre a paz? Nunca, você pode dizer, prontamente. De fato, a guerra não triunfa sobre a paz porque ela é uma antítese da vida, e clamadores da sobrevivência que somos, a paz sempre deve triunfar sobre todo o mal.

Mas, será que apenas com a paz, tudo pode ser resolvido?

Pátria Amada, Salve-Salve


Temos muita sorte de estar no Brasil. Terra da malandragem abençoada e da supremacia em esquiva. Esquivamos de tudo naturalmente, e aqui temos um milhão de problemas diferentes dos outros, mas sem dúvidas, poderia ser pior. Quem se importa que o salário mínimo é piada se o desemprego o faz desejado? Quem se importa com a corrupção se podemos rir dela em stand-ups? Quem se importa com o que é certo, se nossos parâmetros de certo-e-errado nem estão bem escritos na constituição e legislação?

Com tantos quem se importa, vou apenas finalizar com um vídeo, caso você ainda tenha alguma dúvida sobre o que pensar do Brasil. O documentário é curtinho e fala sobre a visão dos americanos sobre nós. Vale a pena assistir, e caso tenha alguma coisa a comentar, seja aqui ou lá, por favor, não passe vontade =P.







Não sei se você se lembra ainda, mas logo na parte 1 desse post eu havia começado com um vídeo muito estranho e sem sentido com uma espécie de guerra entre formigas e cupins. Geralmente essas batalhas no mundo animal não servem para reflexões muito profundas, mas preciso finalizar o post com um link tão relevante quanto.

Ao falar de Paradigmas envolvendo as Guerras, eu acabei mencionando que a estratégia de vitória e o investimento em tecnologia e posição de inteligência são muito importantes. Mas o que você poderia dizer daqueles casos que uma pessoa sozinha é capaz de parar uma guerra? Não estou falando de Tiananmen e nem de heróis da ficção, e sim de uma vespa ninja ousada que não está nem aí para o número de inimigos que estão contra ela.

Tinha um cara chamado Donald Rumsfeld que tinha certeza que todas as estratégias de guerras atuais estavam erradas. Então ele pensou: "Não importa a quantidade de gente em um exército inimigo, desde que seu ataque seja mais rápido do que o tempo de defesa deles". Tudo isso apenas complementa certo dito popular: "a melhor defesa é um ataque inesperado". Pois é, e talvez, parafraseando o que já está parafraseado: "a melhor destreza gera um comentário inesperado".

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