quarta-feira, 25 de abril de 2012

Dança de Salão! E então... [6]


E eu achando que já tinha dito tudo o que poderia dizer sobre essa saga da Dança de Salão, que depois de seis partes, acho que já estão longe de serem sobre a dança em si. Você pode tentar acompanhar essa sequência gigante de posts começando por aqui. De lá para cá eu já vislumbrei sobre proporção áurea, superações, rivalidades e até alavancas motivacionais. Ou seja, é quase uma novela, exceto pelo fato de que numa novela há melosidade e romance por trás das histórias. Mas aqui não, é apenas um cara se desiludindo até onde não tem como se desiludir, e agora estamos na parte 6, para tentar finalizar essa novela no provável último post da saga.

Paralisia Mental

E como toda novela, você não precisa ter acompanhado nenhum capítulo anterior porque a história permanece a mesma. E para resumir: Eu era um sujeito tão tímido e fisicamente travado que já escutei alguém dizer assim - ou algo assim - para mim:

_Você já parou para pensar que nem todo tetraplégico pode ter sofrido um acidente? A mente também pode paralisar o corpo, e se sua timidez continuar assim, não me parece nenhuma surpresa vê-lo numa cadeira de rodas pelo simples fato de que seu cérebro atrofiou seu corpo por simplesmente não encontrar motivos para usá-lo.

Talvez, e aqui vou ser enfático nesse talvez; mas talvez aquelas palavras não sejam assim tão exageradas quanto parecem, mas nem vou entrar nos detalhes de como ouvi isso aqui, pois não é disso o que quero tratar nesse post. Mas o ponto principal onde queria chegar com isso, era apenas para contextualizar que eu não estava ali na camada dos simples tímidos que são tímidos e evitam todo convívio social; eu estava na camada dos tímidos problemáticos, daqueles que não só evitam, mas que travam ao pensar na ideia - e o pior - realmente se travam tanto ao ponto de todos olharem para você e lhe virem como alguém sem nenhuma expressão corporal.

Mas antes que o caso se agravasse, fazer aulas de dança foi apenas uma atividade física aleatória - e desesperada - para tentar resolver esse problema. Foi quase uma terapia, e que mesmo assim iria ser completamente inútil se eu não tivesse feito minha parte e enfrentado o monstro da mudança. Foi ali que eu realmente consegui mudar um pouco meu futuro, e por isso preciso compartilhar isso aqui. Eu preciso provar que tudo se é passível de mudança. E o retorno de saturno, como falam por aí, é você quem faz na hora que quer. Paralisia Mental é algo que só depende de você para fazer uma forcinha na busca da cura.


Explosão Mental

Depois da alavanca motivacional, comecei a sentir mais força de vontade para fazer as coisas que queria, e principalmente, ter mais amor próprio e elevar um pouco minha morta baixa auto-estima. E com a renovação da coragem dentro de mim, eu me meti a fazer academia, voltei a reencontrar com velhos ciclos de amizade, comecei a sair mais para ir em bailes e até consegui dizer que gostava de uma pessoa que realmente gostava. Foi tudo uma fase que realmente mudou drasticamente minha vida, e hoje eu consigo apenas ver um ponto de mutação da qual ainda faço parte. Mas o importante aqui não é mutação em si, e sim as tentações que acontecem durante essa fase importante de evolução pessoal.

Tentações essas que incluem os dias em que acorda desmotivado, ou os dias em que sente que está fazendo algo que não compete a si mesmo fazer. E muita coisa se passa pela cabeça de alguém que luta pela mudança, pois é como se todas as suas crenças e certezas destrutivas lhe atacassem constantemente tentando lhe mostrar que aquele caminho é o errado, embora não seja. Mas, tudo o que posso dizer aqui é que a teoria sobre a Alavanca Motivacional realmente funciona. Quando você tem algo - ou alguém - que lhe motiva e lhe puxa para que você mude, então ali não é mais uma luta solitária de você contra você mesmo e seus pensamentos malignos. Seus pensamentos malignos perdem força a partir do momento em que alguém lhe puxa para cima.


Para acompanhar a saga completa:

Dança de Salão! Oh, não! [1] →Porque tive essa idéia?
Dança de Salão? Oh, não! [2] →E a primeira aula?
Dança de Salão. Ou não. [3] →E as mudanças que ocorreram?
Dança de Salão? Eu não! [4] →E se tudo terminasse?
Dança de Salão? Eu então? [5] → A alavanca da mudança.

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