Desde que pensei pela primeira vez nesse blog, eu nunca quis se quer esbarrar um dedo para o lado da religião, e minha postura imparcial sobre o assunto se manteve até hoje.
Assim como minha saga pessoal sobre as Danças de Salão, eu queria aqui iniciar mais uma saga nesse blog, e pela primeira vez, para falar sobre um assunto que nunca tive a pretensão de falar. Religião.
Assim como minha saga pessoal sobre as Danças de Salão, eu queria aqui iniciar mais uma saga nesse blog, e pela primeira vez, para falar sobre um assunto que nunca tive a pretensão de falar. Religião.
Motivação da Abordagem
Quando eu comecei a fazer os posts sobre a Dança de Salão, minha única motivação era simplesmente escrever sobre aquilo que eu estava começando e que era muito diferente para mim. Se eu fizesse um curso de idiomas muito diferente dos habituais, talvez eu também criasse uma saga aqui. Mas o que criou a motivação necessária para falar sobre algo ligado a religião vem de um paralelo muito simples: Eu, um sujeito tão desatento no mundo que nunca levou a religião a sério. Eu era o que muitos odeiam - sendo chamado de pseudo religioso - que é aquela pessoa que vai defender a bandeira de um credo e no fundo ter tantas dúvidas sobre aquilo que se torna um verdadeiro charlatão. Para quem é religioso, eu sou um verdadeiro traidor e para quem é ateu, também. Ou seja, eu sou aquele tipo de pessoa que pode receber pedradas de todo mundo e com absoluta razão. Por isso, tudo o que se tem que fazer numa hora dessas é escolher seu lado.
Escolhendo um Lado
Se pensarmos na religião como a política, então é até justo acreditar que temos que defender um lado que mais nos identifica. Ou não.
Na política, você é capaz de dizer se é uma pessoa de esquerda ou direita? Não importa sua bandeira nesse caso, já que hoje em dia as coisas estão muito misturadas, de modo que os partidários de esquerda englobaram muitas ideias de direita, e os de direita, assumiram algumas ideologias esquerdistas. Isso ao meu ver não é algo ruim, e tão pouco significa "trair o movimento". Significa apenas que você considerou que algumas coisas fora de sua crença eram melhores e as incorporou, enquanto outras que você desconsiderava, abstraiu. Desse modo você tem uma posição política sua, que não é nem melhor e nem pior do que as existentes, simplesmente porque sua mentalidade está feita do que é o melhor para si mesmo.
Mas mesmo você tendo um conceito sobre as posições politicas perfeitas, ainda assim as opções que tem de escolha em uma eleição não correspondem àquela causa exatamente perfeita que deseja. Ah, antes de mais nada, estou falando isso por mim (e por quem mais se identificar), porque eu sei que existem os fiéis partidários que votam com as suas convicções plenas do melhor partido, e isso não é errado. Mas estou falando por pessoas que, como eu, acham que todo o quadro político atual poderia ser melhor se aquilo de um, e aquilo de outro fossem unidos e não divididos.
Agora eu chego para onde eu queria falar. Na política você pode escolher um lado, mas e na religião? Eu costumo ver que sim, e não é atoa que igrejas com seus "pacotes" de interpretações bíblicas e conceitos atraiam ou distanciem pessoas até ela. Se uma pessoa discorda de certas ideias que o grupo religioso dela diz, então é justo que ela saia de lá. Se uma pessoa concorda, é dever dela defender esse ponto de vista. E aqui vem minha crítica pessoal aos dois lados - é agora que eu sou apedrejado pelos céticos e pelos crentes... Eu acho a crença e a descrença religiosa a contradição mais imbecil que já vi nesse mundo. Agora é a parte que você desce até os comentários e me xinga de todas as formas. Depois de me xingar, por favor, volte aqui e tente continuar a leitura...
Criando uma Religião
Nas definições da
Tem muitos - e muitos - ateus que chegam em um cristão e começam a querer impor que qualquer tipo de crença é errado, e que só é certo quem vive no ceticismo absoluto. E aí, no mesmo momento, sempre surgirá um crente mais fervoroso que dirá que não é certo quem crê em um Deus, mas sim que é certo quem crê no mesmo Deus que ele. Para mim, os dois lados são compostos de pessoas que não querem aceitar que vivem em um mundo com diferenças de valores e ideologias, e por isso, todo mundo vive na perspectiva de que aquilo que ele pensa é melhor do que aquilo que qualquer outro pensa. E vai tentar acabar com esse umbiguismo de um crente ou de um ateu. Não tem como, o umbigo é dele e ele faz tudo girar ao redor do modo como ele quiser...
Conclusão
Eu queria deixar esse post mais neutro sobre o assunto, porque quero abordar nos próximos posts minha visão pessoal sobre a religião. Vou adiantar apenas uma coisa: eu sou um cético, às vezes até me passo por herege, pois numa discussão envolvendo religião, eu consigo atacar ateístas e crentes com tanta facilidade que todo mundo que olha pensa apenas duas coisas: Ou que eu adoro brigas, e por isso discordo de qualquer coisa que concordarem, ou que eu adoro tanto a paz que para concordar com tudo, discordo com os dois lados da discussão ao mesmo tempo.
Mas ultimamente eu estou na fase de piorar tudo. Agora eu não critico mais um lado ou outro, e sim concordo com os dois lados. Na verdade, a minha religião é sempre a mesma religião da pessoa com quem eu estiver conversando. Isso é útil, porque encerrasse um assunto do qual parece ser impossível de discorrer.
Corrida dos Rados [3] → Post anterior com foco no consumismo
Fim de Ano 2012 → Uma mensagem de paz para acalmar os ânimos
A Explicação de Tudo → Um bom motivo do porque concordo e discordo de tudo
Extremamente Simples → Uma ideia de geral de como as coisas podem ser simplificadas
Corrida dos Rados [3] → Post anterior com foco no consumismo
Fim de Ano 2012 → Uma mensagem de paz para acalmar os ânimos
A Explicação de Tudo → Um bom motivo do porque concordo e discordo de tudo
Extremamente Simples → Uma ideia de geral de como as coisas podem ser simplificadas
Pois é, não expliquei o porque estou falando sobre religião, não é? No próximo capítulo dessa nova saga eu tentarei explicar, isso se não tiver ido para o inferno antes.
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