terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fim de Ano 2013


E cá estamos novamente. Todo ano a mesma postagem parece surgir aqui, e pelo título do post e pela recorrência e variedade do texto, eu poderia simplesmente copiar o que já tinha escrito no ano passado. Mas aí eu parei para analisar que já fazem quase 3 meses que não posto mais nada, e não queria com isso assumir o abandono desse pobre e velho blog na web. Então, Feliz Natal. Isso é tudo o que tentarei enrolar no texto gigante à seguir, e por tanto, para poupar seu precioso tempo de leitura, pode parar aqui.


Tempo e Castigo


Uma coisa bizarra sobre o texto que você está lendo, é que isso tudo foi escrito num paradoxo de tempo maluco. Eu já tinha escrito ele bem antes do término do ano, como que fazendo uma previsão furada de como as coisas iriam acontecer. E para 2014 a mesma coisa se repete - ainda mais por ter acontecimentos já marcados na agenda e que não podem se quer serem desmarcados. Mas depois eu falo disso tudo. Por enquanto vou só explicar o porque esse post é o mais confuso de todos aqui nesse blog.

Primeiramente, como já comecei a dizer, teve uma parte dele escrita bem antes. E aí, no corre-corre dos dias, eu revisei tudo e pude constatar que acertei várias coisas e errei outras. Mas tudo bem, na minha eloquência mental, eu não iria simplesmente reescrever tudo, e sim mudar trechos avisando qual parte foi uma previsão acertada e qual foi uma previsão furada. Só que o final do ano chegou, e esse post nunca foi lançado quando deveria. Daí minha mensagem de feliz natal que havia embutido em várias metáforas sumiu, e o post já não fazia o menor sentido. Então eu engoli a frustração de ter perdido a aposta que fiz entre eu e o tempo, e abandonei o blog.

Mas eu abandonei daquele jeito maroto. Eu escrevia a todo tempo que conseguia deixar minha cabeça fluir, mas por não conseguir revisar o texto logo na sequência, então não o publicava. E essa brincadeira rendeu muito rascunho e texto inacabado, cujas ideias, valores e eu mesmo mudei tanto, que já nem mais via uma forma para publicar tudo aquilo. São 47 textos, que, agora em que escrevo, estou totalmente motivado a publicar cada um deles, quer o conteúdo seja interessante ou nem tanto.

Esse post que você lê nunca foi publicado em qualquer data aleatória de 2013, como assim está arquivado.E o mais interessante, é que agora, provavelmente junto desde texto também é provável que eu tenha postado outro tantos na mesma sequência, e ninguém - nem eu mesmo - nunca saberemos as datas que qualquer um deles correspondem.

sábado, 2 de novembro de 2013

Sobrevivência além da Morte


Somos reféns da sobrevivência. Na verdade, arrisco dizer que não há nada mais importante do que isso; E muitos poderão discordar de mim, dizendo que o mais importante é simplesmente viver. Assim queria apresentar um vídeo, que mostra uma palestra e que logo nos primeiros minutos já resume tudo o que eu quis dizer, mas não consegui. Depois disso, eu começo o post.




Cérebro Otimista ou Pessimista?


A proposta inicial é que nós temos uma necessidade de prestar mais atenção as coisas ruins do que as boas. As desgraças são potencialmente mais importantes pois ela podem ditar uma forma de nos guiar a sobrevivência. Até me lembrei do que meu professor na faculdade vivia repetindo em suas aulas: "Há duas maneiras de você aprender: Uma é quebrando a cara, e a outra é vendo os outros quebrarem a cara".

Só que pelo que eu já andei googleando, há controvérsias. Há uma boa série de artigos científicos que defendem a ideia de que nosso cérebro é naturalmente otimista. Ou seja, totalmente contraditório com a proposta daquele vídeo que diz que somos naturalmente atentos ao pessimismo. Um exemplo seria o fato de assistirmos uma história de superação e acreditarmos que aquela história pode ser aplicada para gente, mesmo que a história retrate uma exceção e não uma regra. Pelo outro lado da mesma moeda, notícias que falam sobre câncer, guerras, acidentes, miséria e etc parecem sempre apenas abater os outros e não nós. Um manto de proteção do otimismo nos deixa naturalmente intactos.

Causa Mortilis


E apesar de tudo, acho que dá para chegar numa conclusão saudável. Nós somos sim naturalmente otimistas, regados por uma esperança que faz o mover do dia-a-dia. Até porque, se não houver essa esperança e esse otimismo natural, então estamos diante de uma doença que precisa de tratamento e remédios. Eu já fiz um post superficial falando sobre a depressão e a angústia, que talvez até vale a pena um clique por lá.

Esses dias eu andei lendo sobre o quanto o número de casos de transtornos mentais vem aumentando, e o quanto a depressão vem se tornado uma doença padrão nos dias de hoje. Tem aqui um infográfico nesse link aqui do Terra, mostrando as doenças que mais matam no Brasil e no mundo. Eu tinha ficado surpreso por ver que nenhuma doença de cunho psíquico estava na lista, mas foi fácil entender o porquê: Um transtorno mental pode levar uma pessoa ao suicídio, mas a causa da morte será o suicídio e não o transtorno. Por isso fica mais difícil de se obter dados nesse sentido. Mas vamos supor que essa notícia aqui do G1 esteja certa, e que portanto está pareando ali com o câncer de pulmão, tuberculose e diabetes.

Causa Sofrelis


Mas até aí eu só falei da morte. O estado final e irreversível de uma doença. O problema é que quase não se fala da parte sobre o sofrimento causado. O sofrimento é incontestavelmente pior. Para alguns casos, dependendo de sua crença, a morte pode até ser um alívio. E então, falar sobre o sofrimento me esbarra dentro de dois tipos de sofrimento, que é o físico e o psicológico. O físico vem de uma dor, que como por exemplo, bater o dedinho do pé na quina da mesa. Isso dói muito, mas essa dor não tem potencial algum para gerar sofrimento. Uma dor de cabeça é algo tão terrível quanto cair da escada. Mas ali a gente fala da dor, e apenas isso.

Se a dor não passa, então aquilo deixa de ser dor e se transforma em sofrimento. Eu sei que estou sendo o sr. Óbvio nesses últimos parágrafos, mas é que eu quero construir uma linha de raciocínio simples para explicar um outro ponto mais complicado. Quando a gente lida com dores psicológicas, como traição, fim de um relacionamento, morte de algum familiar e outras coisas do tipo, eu também vejo que tudo isso gera dor. Essa dor você pode chamar de tristeza se quiser, só para diferenciar mais das dores físicas. Mas o processo é o mesmo; Quando um relacionamento termina, você está triste, e parece que está sofrendo simplesmente porque a tristeza continua dia após dias.

E o ponto onde quero diferenciar nessa história toda, é que o sofrimento ele só existe quando você não sabe quando a dor vai terminar. No caso de ter cálculo renal, e ficar lá com aquela dor insuportável de seu rim sendo dilacerado, aquilo não chega a ser necessariamente um caso de sofrimento se você souber que vai passar com o tratamento adequado. Claro que você sofre enquanto o tratamento não for feito, mas o simples fato da situação estar sobre controle faz com que tudo fique mais fácil de ser superado. E o caos todo só vem quando não há nenhum tipo de perspectiva de memória. Nesse caso, a única coisa que posso dizer para te animar vem da frase de um filme que nem lembro mais qual era, que dizia: "O tempo é a cura para tudo". E em fato, se sua vida era diferente à 15 anos atrás, daqui a 15 anos no futuro, tudo pode estar completamente diferente. Tudo isso pelo simples agir do passar do tempo.

Conclusão


Acho que esse post ficou tão prolixo quanto os demais. Tentei fazer uma diferenciação da dor, do sofrimento, e nem consegui. Mas como eu não sou muito eficiente nessa elaboração de ideias, vou colar aqui um pedaço de um artigo do dr. Drauzio Varella, que vala especificamente do sofrimento. No caso, ele aplica isso ao sofrimento físico, mas não é assim tão difícil para reler isso com uma abrangência maior:

"(...) Parece que enterraram uma faca na carne da gente. Depois de algumas horas com ela, a vida se transforma num vale de lágrimas. Às vezes, é pior do que a morte. (...)"


Nesse texto, o ponto principal diz que a morfina é a solução da medicina para a dor física. Para a dor mental já é mais complicado, pois existem vários tipos de anti-depressivos, mas assim como a morfina, o acesso não é tão fácil. Só que tem um agravante. Quando você vai no médico e está com dor, a morfina é uma solução de ouro para resolver o problema. Mas quando se está com um sofrimento, o diagnóstico não sai com uma conversa de 15 minutos.

Vou encerrar esse texto, que já ficou longo até demais com a sugestão de um link meio perdido aqui, do Izzy Nobre, que ele dá uma boa sugestão para conquistar a felicidade. Depois de ler esse texto fiquei até com vergonha de meus posts antigos em que eu falava sobre a busca pela felicidade, como por exemplo aqui e aqui. Definitivamente é uma busca infinita. E aí, nesse compêndio, vou deixar o link de um outro vídeo, falando um pouco sobre a Morte, particularmente coloca alguns dilemas e debates prontos para discussão.




O ideal era terminar um texto triste com algum tipo de palavra de consolo, ou de esperança. Mas eu não sei fazer isso. Não dá para dizer que a vida é um mar de rosas, quando muitas vezes, tudo o que sempre sobra são os espinhos. Então, em um blog que tem como propósito as desilusões, nada mais justo do que ser assim. Aproveite e deixe uma desilusão aleatória nos comentários :)

Crenças Imutáveis → Suas crenças são mutáveis
Tríade Proibida → Uma polêmica fail sobre o que não falar
Acaso e Destino → Você acredita no destino?
Meu cachorro morreu → Quando eu achava que sofria

sábado, 21 de setembro de 2013

Bobos, Agressivos e Pacíficos-Pero-No-Mucho


O que mais me motivou a escrever esse post, foi uma definição que escutei e que nunca tinha pensado sobre isso. Trata-se do pacifista agressivo. Para mim, as duas palavras não tinham uma harmonia por serem antônimos. E eis que, com base nas definições, eu percebi o quanto podemos ser agressivos mesmo dentro do mais belo estandarte de paz que se ostente.


O Bobo

Eu queria citar aquele texto (de certo modo conhecido) da Clarice Linspector que diz "Das Vantagens de Ser Bobo". Mas o bobo em que eu iria me referir aqui, é em seu contexto mais comum, ou seja, o depreciativo. Aquele contexto em que usamos para xingar os deprovidos de sapiência, se é que fui claro. Assim, um bobo é alguém idiota. E nessa definição brilhante, vou tentar definir como um bobo age.

Na vida, de um modo geral, muitas pessoas vão tentar tirar vantagem do bobo, afinal de contas, o íntimo de qualquer ser humano sempre preza pela própria sobrevivência. E no mundo real, quando mais alguém tem vantagens, melhor ele sobrevive. Por isso, é fato que haverão aqueles que ficarão perto de você (nesse exemplo supondo que você é o bobo) apenas para usufruir de algo que possui.

Ao contrário do que se pensa, um bobo não é aquele que não sabe que está sendo usado. Quem é explorado e não faz ideia disso é apenas uma vítima ingênua da charlatanice alheia. E esse cidadão é apenas alguém que naturalmente vai sofrer muito até que aprenda que ele é vitima de si mesmo.

O bobo a que me refiro é aquele sujeito que sabe que está sendo enganado, mas não procura se defender. Se ao menos ele tentasse se defender, então ele não seria mais um bobo, e sim uma vítima consciente de sua ingenuidade. Mas se ele, mesmo sabendo que é manipulado, não tenta fazer absolutamente nada, então aqui temos um caso típico de um bobo natural.

O Agressivo

Existe uma diferença grande entre um sujeito agressivo, e aquele que é o charlatão da história. O que tenta fazer os outros de bobo (e as vezes consegue), é apenas alguém que não aprendeu a viver em sociedade e acha que ainda está na selva, por isso tem que sobreviver passando por cima de todo mundo. Esse aí é só um psicopata disfarçado de gente, que certamente irá sobreviver a custa de muitos bobos por aí. Mas um dia ele poderá encontrar um sujeito agressivo. E aí as coisas ficam interessantes.

O sujeito agressivo é aquele que para sobreviver, vai se impor. Ele não vai aceitar levar desaforo para casa, e também pouco vai ficar quieto diante de qualquer injustiça. O Agressivo é aquele que tem uma postura mais idealista, mesmo que dentro de seus moldes, onde todos os seus ideais precisam prevalecer. E por aí vemos muitos sujeitos naturalmente agressivos, que usam principalmente da agressão verbal e gestual como meios de impor seus pensamentos.

Se fizermos um paralelo, poderíamos até dizer que o agressivo geralmente é a antítese do bobo que descrevi. Assim, enquanto o bobo é o sujeito que se cala diante das pessoas que o fazem de bobo, alguém agressivo jamais vai suportar ser feito de bobo, e por isso, com unhas e dentes ele acreditará que a agressividade é a melhor medida preventiva para se sobressair em muitos ramos da vida. E naturalmente, ele também tende a fazer mais inimigos e causar mais desavenças por onde passa, afinal de contas, impor uma opinião significa debater com opiniões diferentes da sua.

O Pacífico Pero-No-Mucho

Infelizmente, muita gente vai tender a confundir um ser pacífico com um bobo, e por isso, é necessário primeiro explicar as diferenças. O bobo vai se calar diante de uma injustiça, porque afinal de contas, ele leva desaforo para casa. Se fosse alguém agressivo, iria brigar por aquela injustiça. Mas o pacífico, ao prezar pela paz, irá encontrar seus meios de combater aquela injustiça sem ter que brigar ou usar a violência. Por isso ele usa da paz. Só que não.

Quando uma pessoa é muito boba, você logo sabe, ou pelo menos logo imagina que sabe. Quando uma pessoa é agressiva, você também logo, sabe. Afinal de contas, se pudéssemos estereotipar todas as pessoas, certamente poderias classificá-las nesses dois tipos. Aquelas que lutam contra uma injustiça e aquelas que sofrem as injustiças. Mas foi aí que eu pensei que há sim um terceiro tipo, que aos olhos comum tem tudo para parecer um bobo, mas ele apenas procura os melhores modos de se vingar descontar as injustiças que sofre.

Foi daí que eu ouvi essa tal coisa do pacifista agressivo da qual não tinha parado para pensar que existia. Pessoas que sabem ser tão cruéis e impositoras de suas opiniões quanto àquelas que por definição agridem. Eles sabem ofender e atacar sem precisar de uma palavra para isso. Aos olhos desatentos, verdadeiros seres pacíficos, mas pero-no-mucho...

Conclusão

De vez em quando eu faço um post bem simplista e superficial para generalizar coisas que jamais deveriam chegar nesse extremo. Eu que sou contra a generalização faço posts para generalizar. E aí você entende o porque esse blog é uma larga coletânia de desilusões.
Você conseguiria se encaixar em um desses tipos que propus? O quanto de vezes você é obrigado a ser um bobo por não ter o poder necessário para enfrentar as injustiças que lhe transcorrem? E quando é você quem comete as injustiças - as vezes sem saber? Nesse jogo de magoar e ser magoado que a vida propõe, que tal uma breve reflexão se alguma vez você não era nem um bobo e nem um agressor. E aí, ostentaria você um falso semblante de paz?

Procura-se um Cão → post pessoal anterior
Qual sua Personalidade? → mais um post comportamental
Lobo Solitário → sobre meu eu calado
Nosso Único Cúmplice → você e seu subconsciente

sábado, 3 de agosto de 2013

Procura-se um cão


Esse post é um relato sobre a perca de minha cadelinha. Eu sei que você não tem nada a ver com isso, mas o mimimi isolado faz parte da corrente de desilusões desse blog. Se eu conseguir, até o final desse post tentarei propor um lado positivo de tudo isso. Mas antes, a parte mórbida da coisa é inevitável em meu estado de espírito atual. Ou seja, pode pular esse texto e ir se divertir. Não há nada animador aqui.

Um caso em muitos


Um sábado de inverno, tipicamente frio, como muitas vezes é até incomum de ser em nosso país tropical. E enquanto eu me divertia longe de casa, havia um estandarte de desespero em outro canto da cidade. Naquele instante minha cachorrinha Laika, de quase 3 anos, havia acabado de se perder. Ela sempre foi medrosa desde pequenina, e me lembro do medo que ela tinha até para dar alguns passos mais longe do que sua cama. Mas nada disso se compara ao medo desesperador que é perder sua única fonte de segurança, que era o lar.

Eu sei que muitos tendem a criticar os donos quando a perca de um cão acontece, associando a eles a irresponsabilidade na falta de cuidado com a segurança do pequenino. Infelizmente sabemos que em alguns casos a irresponsabilidade existe, e em outros não. Vou tentar relatar de modo resumido como que Laika se perdeu por aí, e depois você fica livre a tirar suas próprias conclusões sobre qual teto é tingível das pedras que pode juntar.

Laika passeava todos os dias na coleira, e minha irmã sempre a levava pelo quarteirão e nas proximidades. Sem dúvidas era o momento que minha cachorrinha mais esperava do dia, abanando o rabo e pedindo ansiosamente pelo momento de andar pela rua. Eu nunca entendi, de verdade, o que faz a realidade das ruas ser assim tão grandiosa para os cães. Mas esse ar do mundo novo fisga os cães que moram dentro de casas ou apartamentos. Para eles é um mundo em que há outros cães e pessoas, e a imprevisibilidade quebrando a rotina está ali. Ironicamente, quem está lá quer (muitas vezes) entrar dentro de uma casa, e quem está em casa, quer se aventurar por lá.

Uma característica muito visível na Laika, que era seu medo, atingiu o ápice quando ela viu um cachorro grande em sua direção. Talvez gigante na perspectiva dela, que era pequenina, muitas vezes sendo confundida com poodle aos olhos mais desatentos. Assim que o instinto de sobrevivência foi ativado, ela simplesmente se esqueceu que estava na coleira e que estava segura com minha irmã, e um ataque paranóico de desespero a fez se retorcer como podia achando que isso a salvaria de tudo. Antes que minha irmã pudesse recolher ela em seu colo, a coleira se solta, e ela foge.

Mas Laika ainda conhecia um pouco daquele quarteirão, e não fugiu sem nenhuma direção em mente. Ela sabia que dentro de casa sua segurança estaria completa, e por isso lá foi o lugar em que recorreu. Ela parou em frente do portão de casa, chorando e implorando para que alguém abrisse a porta, mas o tempo não colaborou. O cão gigantesco surgiu pela esquina correndo em fúria, e tudo o que restou para Laika foi que ela fugisse novamente. Mas dessa vez não era para um próximo refúgio, e sim para nunca mais dificilmente voltar.



Depois que eu soube da notícia, toda cadeia de fatos acima pareceu não ter importância alguma. Minha família estava muito abalada, e ninguém sabia o que fazer. Divulgamos pela internet, usamos cartazes, fizemos buscas incessantes e nada resolvia. Essa resposta negativa que a realidade nos dava era tão frustrante que diminuía as esperanças de reencontrar Laika novamente. O ato mais triste, certamente é você colocar a cabeça no travesseiro e imaginar que naquele segundo uma vida que lhe era pretendida em tanto amor podia estar por aí, passando frio, fome, medo, desespero e sentimento de abandono. Para que essa morbidade não fosse tão destruidora, um pensamento de que alguém poderia tê-la achado e estava cuidando dessa pobrezinha tentava amanciar o estado de espírito.

Eu juro que criei um processo para praticar um desapego, para esquecer a história e tentar apenas me concentrar que tudo estaria bem com ela. Queria ser um conhecedor da psicologia canina e ser capaz de calcular quanto tempo levaria para ela se adaptar a nova família feliz e amável que poderia lhe encontrar. Mais do que isso, quanto tempo levaria para que ela se esquecesse de todos nós e conquistasse uma nova felicidade para si; tentei me enganar com coisas do tipo, mas eu sabia que não iria ser fácil, pois demandava de tal frieza em meu coração que certamente não possuía.

Três dias depois, recebo uma ligação de alguém dizendo que a viu nas ruas, que reconheceu que era a Laika por uma manchinha característica em seus olhos. Descreveu que ela estava assustada, correndo pela praça. Na hora, aquela ligação reacendeu minhas esperanças, e isso foi bom. E para lá fui, e por lá procurei, e por lá não encontrei. Aquilo doía em meu coração, que não acreditava nessa realidade infâme de um mundo em que procurar e encontrar é em vão. Foi frustrante encontrar uma pista que destruía a ideia que eu tentava construir sobre Laika sendo bem cuidada por uma família feliz.

E eu sei que ela é um cão. E que quem lida com desaparecimento de pessoas e entes familiares acaba sofrendo muitas e muitas vezes mais. Mas eu não quero ponderar essa dor, pois cada caso é sempre um caso. O que eu sei é que as vezes perdemos uma roupa e já ficamos enraivecidos, simplesmente porque a roupa é a mais importante naquele nosso mundo acomodado com a realidade atual. Quem lida com desaparecimento de pessoas certamente sabe do quão fútil é essa realidade, mais do que eu, que agora lido com apenas o desaparecimento de um animal de estimação. Deveria ser fácil, mas não é.

muitos casos em um


Eu sei que um post desses, aos olhos de alguns, tende a parecer como um derramamento de um egoísmo qualquer. Existem centenas de animais perdidos e eu achar que tenho algum tipo de preferência em seu compadecimento. Milhares de pessoas e outros animais sofrem abusos, torturas e dores infinitamente maiores do que a minha, e aqui me pego dedicando a maior parte do post para falar de uma cadelinha chamada Laika. Mas normalmente são casos assim que as vezes ajudam a dar uma perspectiva diferente em nossas vidas e nos fazer mudar alguma coisa. Vou deixar aqui um dos vídeos que me emocionaram muito que falam da doação de medula óssea. A construção do vídeo em si surgiu em um caso isolado, mas muitos se mobilizaram com ele, e um caso certamente poderá salvar muitos outros.



E aqui, nesse desfecho, Laika é apenas um caso em muitos. Se de repente você entender que, em cada caso há um sentimento maior envolvido, talvez, aí na sua cidade ou região, passe a olhar com mais cuidado os animais pelos quais cruzam com você no dia-a-dia. Será que algum deles não pode estar perdido também? Será que algum deles não pode estar sentindo o terror de um mundo selvagem para o qual não foram preparados?

Vou deixar o link de algumas comunidades no facebook, de pessoas que fazem um trabalho incrível de divulgar animais perdidos e encontrados. Não custa nada você dar uma passadinha nas páginas de sua cidade para quem saber, ajudar pessoas e animais que podem estar ali, cruzando pela rua num dia qualquer enquanto vai ao trabalho ou escola.



Em tempo, no site cachorro perdido, é possível fazer uma busca por animais desaparecidos (e encontrados) ali na região onde está. Tem um mapinha interativo, e não custa nada dar uma olhadinha no mapa para ver algum animal que pode ter sido perdido em seu bairro. Vai que ele está ai no portão da sua casa e algumas quadras dali tem alguém sofrendo por algo tão simples de ser resolvido?

um adentro sobre a Laika


Mas ao que tudo indica, esse post não foi só mais uma desilusão aleatória. Depois dos acontecimentos, conseguimos recuperar a Laika de volta. E isso aconteceu depois de uma semana, graças a insistência de espalhar cartazes e apostar na divulgação. Pois o dono de um petshop acabou reconhecendo a foto e entrou em contato. Passou o endereço de quem havia encontrado a cachorrinha e depois disso tudo ficou mais fácil.

Mas uma coisa interessante, é que uma semana foi o suficiente para que a Laika já encontrasse dificuldades para reconhecer sua "família". Levou algumas horas até se recuperar do trauma e voltar ao normal. Tanto que foi difícil reconhecer se era ela mesma, principalmente por estar tosada e bem diferente. Ainda tiveram outras peculiaridades, como o fato da pessoa que achou o animal colocar informações contraditórias sobre a situação do encontro... mas deixa para lá, o que importa é que tudo terminou aparentemente bem. E vou finalizar deixando uma foto dela no dia seguindo ao reencontro. Já tosada e irreconhecível para nós.




Esses dias me peguei pensando no quanto é difícil se desapegar de algumas coisas, de criar mudanças de rotina ou simplesmente precisar se acostumar ou desacostumar com alguma outra coisa. E essa dificuldade pode parecer beirar o impossível dependendo da importância que aquilo tem, tinha ou terá para gente. A solução mais clássica de todas - depois que a esperança morre - sempre é aquele tal mandamento do desapego. Sempre nos pedem para abrir um sorriso no rosto, encarar a mudança de frente e praticar o desapego. Isso é perfeito em teoria, mas sabemos na prática que muitas vezes o resultado é um desapego falido.

Uma Revolução no Brasil → Último post, sobre as manifestações
Choro Límbico → Último post falando sobre um animal de estimação
Porque expressar uma desilusão? → Motivos para postar mimimis
Salve os Insetos, Salve o mundo → Esqueça animais, salve insetos
"A dor de uma perca pela morte ressurge pela lembrança. A dor de uma perca pelo desaparecimento ressurge pela esperança. Quem diria que lembrança e esperança também podem ser vis quando querem, mas belas na sua própria máscara da semântica." - Ledark

domingo, 16 de junho de 2013

Uma Revolução do Brasil


Primeiro ponto: A polícia não é inimiga do povo, como muitas vezes é a impressão que parece. E eu não vou automaticamente defender a polícia só porque citei um ponto a favor dela. E também não vou defender os manifestantes só porque disse que não defenderia a polícia. E aí, se você conseguiu absorver um pouco do ar da imparcialidade, acho que pode prosseguir a leitura. O primeiro passo é manter a mente aberta, porque se não, esse é só um texto inútil que fará você ficar com raiva de mim no final.




A Causa da Manifestação


A informação parece um pouco difusa. Tem gente falando que é movimento partidário, tem gente associando até o grupo Anomymous de hackers. Ou seja, a bagunça informacional da coisa é grande. Então, vamos partir do pressuposto que você pesquisou, e que sabe de pelo menos o grosso dessa história. Ou seja, nada.

E é fácil de entender o porque dá a impressão de não existir uma causa única dentro do protesto; o protesto é feito por pessoas, e embora o estopim ideológico seja contra o aumento do preço das passagens de ônibus/metrô, quem se juntou a lutar pela causa são pessoas, e não palavras que compõe a cartilha do manifesto. E aí, terão aqueles que estão mais exaltados, outros que querem aproveitar para expor sua indignação por outros pontos, e alguns que vão sem saber o porque mas querem ver o circo pegar fogo.

Você pode pensar que isso faz com que a manifestação perca o sentido, como já vi algumas pessoas dizendo. Mas pense que o mesmo estopim ideológico ainda tem sua força, porque muitos estão lá pelo ideal apresentado, que no caso, é o movimento Passe Livre. Quem está dentro do Movimento ainda mantém o foco e a linguagem deles para com os governantes é clara; É ingenuidade achar que o poder público está confuso igual a eu ou você possamos estar. E acho que vou acabar de entrar em contradição, porque diante de tudo o que estou vendo, a impressão que fica é que o Brasil em si não está preparado para nada isso, em vários aspectos.

E é bem verdade que tudo isso não aconteceu num belo dia de manhã. Existem pessoas que defendem que essa manifestação demorou demais para acontecer, mas é um ledo engano. O Passe Livre não nasceu do dia para noite, e já faz um tempo que eles tentam algo nos moldes mais burocráticos e pacíficos que existem. Não funcionou. Mas de qualquer forma, vamos ser francos em um outro ponto: Toda tentativa de revolução, como é esse o caso, causa violência, causa depredação e não é nada belo de ver, assistir ou participar. E se você, por algum motivo, acha uma parte da reivindicado justa, então automaticamente deveria estar apoiando quem está ao menos tentando dar um passo maior do que o seu nessa tentativa de solucionar os problemas. Mas se você discorda de todos os pontos, então tudo bem também. Nenhuma revolução é feita de 100% da integração social, pois se assim fosse, não haveria revolução e sim um acordo.

Manifestação sem causa?


Também ouvi gente dizendo "tudo isso por só 20 centavos?". E talvez vale um pouco a questão matemática da coisa. E essa questão é que para quem pega ônibus eventualmente, ou para quem usa mais carro (como é meu caso), a impressão que dá é que o governo foi lá e arrancou 20 centavos de cada pessoa que está ali, e essas pessoas se sentiram lesadas e foram para a briga. Mas acontece que geralmente o aumento é causado porque muita gente pega mais de uma condução diária para poder trabalhar, por exemplo. Pega uma para ir até o metrô, outra do metrô para o local do trabalho. O valor parece ser mais abusivo que o normal.



Mas tudo bem, vamos abaixar a cabeça e contar para todo mundo que essa resolta é infundada porque são só 20 centavos. Se puder, dê uma lida nesse link, e veja que não é só isso. A coisa é mais complicada do que parece. Os 300% de impostos acumulados são altos demais, e ao mesmo tempo, parece que a causa de toda essa manifestação é injusta só porque o brasileiro é acomodado com tudo. Não brigamos pela segurança, pela educação ou saúde pública, fazemos piada com a corrupção o tempo todo e ainda temos tempo para rir das piadas que falam sobre impostos abusivos que nos arrancam da alma. Vendo dessa forma, parece que o protesto é ilógico. Como que é que o povo vai querer travar uma guerra depois de concordar com tantas e tantas coisas erradas que já estão ali?

Ou o pior, como vi nesse vídeo aqui, que é mostrado um ponto de vista forte contra a manifestação alegando no mínimo dois pontos importantes: Um é algo que já disse aí nos parágrafos anteriores sobre isso ter demorado tanto tempo para ter sido feito, e o outro ponto, sem dúvidas, é que boa parte da turma que manifesta é a mesma que vai lá lotar estádios e torcer pelo Brasil na copa. Eu acho que os assuntos não são correlacionados, mas mesmo que fossem: Ninguém precisa dormir, acordar e lutar 24 horas por dia para que a causa que defenda seja mais digna ou menos digna. E a correção imediata não é da corrupção em si; é apenas do transporte público. Uma coisa de cada vez, é o que se crê.

Heróis e Vilões


Toda manifestação, quando tem raízes de revolucionar alguma coisa, corre o risco de ser violenta. Na história do mundo, quais são as revoluções que você conhece que não tenham sido cruéis? E aqui que vem um ponto interessante: É possível abordar quem está certo ou quem está errado diante da violência? Certamente você vai responder que sim, e vai dar o ônus do vilão para quem começou a briga. Isso até está certo, mas o problema é definir exatamente quem iniciou a briga.

Não vou encher de texto para abordar esse tópico. Mas sim um link que mostra, através de fatos, várias coisas que aconteceram, mas que a divulgação pela rede de televisão não consegue (ou não quer abranger). Só clicar aqui e você vai conhecer um pouco mais do lado vil dos polícias nesse protesto. E serei rápido em constar: isso não torna o lado dos manifestantes melhor ou pior dos policiais que iniciaram a agressão.



Como eu já tinha lido, a polícia recebeu ordens de acabar com aquilo, e por isso a força bruta foi se tornando cada vez mais sem muita trégua. Tudo por si só é estressante demais e mexe fortemente com o emocional de cada um. Pessoas viram animais, e os animais se sentiriam ofendidos por essa comparação que fiz agora. Mas, dentro do espírito animalesco, os dois lados são extremistas. Existem pessoas ruins em qualquer lugar, e que vão potencializar sua maldade durante um ato desses. Não obstante, bandidos e vândalos que estavam por ali, apenas aproveitam para gerar mais e mais terror; Só que nada disso pode, ou pelo menos nada disso poderia, tornar a causa pela qual a manifestação se iniciou de modo menos digno ou justo. Até porque, basta um pouquinho de pesquisa para ver que em muito dos casos, os manifestantes estavam se reunindo de modo pacífico, mas a ordem gerada pela própria polícia para não deixar juntar aglomerações fez com que o ataque iniciasse. E aí vira uma guerra, onde olhando de longe e sem conhecer cada uma das pessoas e polícias, você vai dizer que alguém é o certo e alguém é o errado. Está na matriz humana buscar pólos em tudo. E aí o jogo do fogo está feito sobre o circo do pão.

A Arma da informação

Queria apenas deixar uma série de vídeos, e alguns links contendo um pouco mais de informação. Sem dúvidas, o mais relevante é da jornalista Nilce Moreto, que fez um bom aparato das informações, incluindo o video polêmico do Arnaldo Jarbor, que sinceramente, me pareceu servir com o único objetivo de agredir.



E dentre tantos outros vídeos que eu vi para colocar aqui, tem um importante, que é com o pessoal do We'rGeeks. Incluindo pessoas que estão lá, dentro do movimento, dando um ponto de vista com uma mente aberta explanando os dois lados. Só que o vídeo é um pouco longo (quase 2 horas), e por tanto, não vou incorporar aqui no blog, mas o link fica aqui. E para finalizar, como tudo o que parece ser dito o tempo todo é aquela coisa dos 20 centavos, então por favor, dê uma olhadinha nesse link aqui, que vai mais além e explica detalhadamente porque não poderia ser, por exemplo, de graça logo de uma vez.

Acho que nem preciso me estender mais. Mas acredito que sempre é bom se colocar em todos os lados, para deixar a mente o mais aberta possível. Todos tem um ponto de vista diferente, mas, será que o seu ponto de vista é o correto só porque é o seu ponto de vista?

Postura da Mídia


Sinceramente, eu até entendo que nos primeiros dias a coisa estava um pouco difusa. Aí, ver os principais programas da TV Aberta comparando os manifestantes com bandidos. Um caso interessante foi do próprio Datena, que começou com o mesmo discurso, aí lançou uma enquete para endossar sua opinião, mas o tiro saiu pela culatra. Na metade do programa ele já estava com um novo discurso, como tem descritonesse link aqui.

E depois daquela declaração infeliz do Arnaldo Jarbor, até ele reconheceu a besteira que foi dita e voltou atrás, clica aqui pra ler lá. Mas foi legal, ver, pela manha da segunda feira, várias personalidades conhecidas falando sobre os protestos e incentivando a irem. Vou deixar três exemplos aqui, mas tem muito mais.







Repercussão


E se de repente tudo isso parece ser apenas barulho, e que essa luta toda não faz diferença, é melhor repensar um pouco com calma. No Canadá, Estados Unidos, na Alemanha e em outros países, também ocorreram manifestações de apoio a causa do Brasil [fonte aqui]. Sabe o que isso significa? Que a coisa é séria.

As manifestações, querendo ou não, geram prejuízos para o governo, e os fatores econômicos e políticos fazem com que isso mova a monta de um icebergue. Para quem duvidava que isso não daria em nada, de repente só o fato do Governador pedir uma reunião com líder do movimento Passe Livre já significa que alguma coisa aconteceu. E diante de tantos fatos, dizer que isso é inútil, é querer tapar o sol com peneira. Depois leia aqui sobre a vaia contra a Dilma e sobre isso aquique acabei de citar sobre a mobilização do Poder Público.

O fatídico 17 de Junho


Muita gente dizendo sobre um dia que entrou para a história, e de fato, foi impressionante ver o Brasil todo unido por uma única causa. Ou nem tanto assim, pois teve um outro grupo de manifestantes contra a causa do Passe Livre, e ocorreu agressão ante as duas frentes, mas o impacto foi pequeno, pois o tumulto não foi tão longe assim, e mesmo a imprensa em geral não teve tanto acesso a isso. Mas quem estava lá e filmou, pode compartilhar um pouco disso:



Mas é óbvio que nada disso muda o impacto que as manifestações tiveram. E o que não falta é imagens e informações a respeito, e por esse motivo, não serei prolixo em repetir ou encher de informações repetidas.




Qual seu ponto vista sobre tudo isso o que está acontecendo? A causa das manifestações são justas? Você acredita que lá estão apenas vândalos querendo destruir tudo?

Pré Julgamentos → Post anterior sobre seu pré-julgamento
Conspiração: Boston → Relembre da conspiração em Boston
Corrida dos Ratos [1] → Um pouco sobre economia, para se defender
Trabalho Desmotivacional → Será que algum trabalho é motivacional?
Um pouco de humor negro? Não é essa a hora, mas revolta por revolta, acho que vale o link: http://www.youtube.com/watch?v=ECqhf9Cy6s0

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pré-Julgamentos


_Quando o santo não cruza, não tem jeito!

Taí um ditado que serve para explicar o inexplicável. Sabe aquela pessoa que você não conhece - nem ela te conhece - mas só de olhar parece que ela não é confiável? É como se tivesse feições vis, ou algo do tipo. Mas nem sempre é uma questão de aparência ou simples apatia, e os motivos para fazer tal pessoa não se encaixar em seu mundo parece inexplicável. Enfim, é o típico caso de quando o santo não cruza, que dizem (ou diziam) por aí.

Esse dito popular só existe por um motivo: Nós somos sociáveis, mas não globalmente sociáveis. Várias diferenças pequenas entre cada um de nós nos colocam em pré-julgamentos o tempo todo. E depois disso, falar sobre um santo sem preconceitos de nada parece-me muita demagogia.

Mas até aí, seus pré-julgamentos não são problema algum, já que fazemos isso o tempo todo, principalmente diante de decisões rápidas ou em nível subconsciente. O problema é quando você julga alguma coisa dentro de um grupo social cuja maioria não concorda com você. Aí eles vão te pré-julgar também, e mesmo falando não ter preconceito de ninguém, passarão a ter de sua pessoa.

Avaliação Pessoal

Minha teoria é a seguinte: Em qualquer tipo de interação com outra pessoa, um longo processamento acontece para tentar definir o grau de simpatia ou apatia de outrem. Existem vários daqueles testes que já fizeram, como colocar uma mesma pessoa aparentando ser mais rica ou pobre, levando a aparência influenciar na opinião das pessoas. Se levar em conta que o primeiro contato com alguém nas ruas seja o visual, é natural que essa seja nossa primeira forma de avaliar alguém.

Ok. Surge uma pessoa diante que você que lhe agrada nos seus quesitos de beleza. Dependendo da orientação sexual e ocasião de encontro, isso também poderia desencadear uma análise secundária de tipo perfeito de par. Nesse momento, só de olhar de longe, seu cérebro já deve ter feito aqueles cálculos toscos de simetria + combinação genética + whatever para definir o conceito do que é belo para você. Tanto os homens quanto as mulheres são, até onde eu sei, extremamente iguais nesse primeiro ponto. Até aqui tudo o que você tem em mãos - ou em mente - é apenas uma imagem conceitual.

Para algumas pessoas, só esse primeiro impacto do olhar já é capaz de causar aquele tal de "amor à primeira vista", que na teoria é legal, mas na prática só serve para mostrar como suas capacidades de avaliação pessoal são um completo fracasso. É como colocar uma seleção de brinquedos e pedir para que uma criança escolha o melhor. Como ela supostamente não conhece o funcionamento de cada um dos brinquedos, então ela vai usar algum método de avaliação pessoal para escolher qual é o melhor.

Isso significa que o melhor para aquela criança pode significar apenas qual é o brinquedo mais bonito, qual ela nunca viu nada igual (impressionante), qual parece ser mais complexo (interessante) ou simplesmente vai pegar o que estiver mais próximo, sem analisar nada. Ou seja, cada um tem seu método peculiar de avaliar as coisas. Taí aqueles testes chatos que tentam definir a sua personalidade como se você não soubesse como é. Cada um tem lá um jeito de definir o porque gosta disso ou odeia aquilo. Talvez seja esse o segredo de toda essa indústria aglomeração de profetas tentando dizer como você é. Mas de fato os outros sabem mais de você do que você mesmo (tem um link sobre isso aqui) e ainda assim o que se quer ouvir desses testes não é isso. Não é essa coisa de: "ah, deu no teste que eu sou fico nervoso quando tenho raiva e calma quando estou tranquilo". No fundo creio que todos querem a compreensão de como são. E não simplesmente como são.

Além das teorias conflitantes entre a psicanálise e a psicologia, também temos as teorias religiosas, evolutivas, biológicas e até mesmo as non-sense. Ou seja, quando se quer falar de si mesmo, o ser humano é mestre em encontrar explicações para tudo. Qualquer dia eu tento criar algum post por aqui embabacando cada uma dessas teorias, mas por enquanto eu queria focar apenas em uma: A primeira impressão.

Eterna Criança

Não vou me estender muito nesse assunto, mas uma googlada rápida já te enriquecerá com muito mais conteúdo que imagina. Mas, eu quero simplificar as coisas e fazer com que você indague que tipo de criança é. Só para relembrar as existentes:

Bobolhando: É aquela que, formada pela maioria das pessoas, e principalmente nessa era da tecnologia, tem olhos que brilham por tudo que vêm. Olham alguma coisa bonita e pronto: apaixonam-se. Geralmente apreciadores de design fazem esse tipo. Diante da apresentação de um brinquedo novo, iriam diretamente para o que fosse mais bonito.

Ingênuo: É o que acredita em tudo que lhe dizem. Ou na verdade, ele não acredita em tudo, mas se impressiona facilmente com tudo, e até tende a acreditar nessas coisas que escuta. Naturalmente é o oposto daqueles que só acreditam vendo, porque estes, só acreditam ouvindo. Adoram música, e elegem a favorita aquela que, independente do ritmo, parecem ter sido escritas para ele. O melhor brinquedo a escolher é aquele que parece ser capaz de lhe dizer às coisas que se quer ouvir.

Possessivos: É o tipo de pessoa que, quando vê você com algo e pergunta "posso ver?", na verdade ela quer tocar, ficar examinando com as mãos, sentindo o peso e tudo mais. É como se ela temesse ser traída pela visão, e então adquire a necessidade de tocar as coisas para provar que são reais. A cada cinco palavras ditas, três são acompanhadas de algum cutucão. Provavelmente era o tipo do programador que colocou o botão cutucar no facebook. Qualquer brinquedo de pelúcia é o mérito de toda criança possessiva.

Desiludido: É o que adora shows de mágica, e fica criando mil teorias sobre como foi feito isso ou aquilo. Dessa forma, acabam se alimentando do mistério que existe naquilo que não compreendem, e talvez não queiram compreender, pois a busca pelo gosto da dúvida é o mais saboroso que existe. Parece um Sherlock Holmes, exceto que não descobre nada. Mas é isso que o move: a curiosidade que pode matá-lo. Não importa se o brinquedo é caro, bonito ou revolucionário. Se ele não sabe como funciona, então é exatamente esse o que melhor funciona.

Ego-infláveis: São pessoas que buscam o alimento do ego acima de tudo. Normalmente todos fazem isso de uma forma ou outra, mas esse tipo de pessoa vive com o ego inflado, ou pelo menos, é isso que ela busca, mesmo sem saber. Ela acredita que o dinheiro não vai apenas pagar suas contas, como também comprar um passaporte para o paraíso. Ela acredita que não basta ter um celular bom: precisa ser o melhor de todos. Ela quer o status. Ela quer um pouco de fama. Ela quer elogios. Um brinquedo caro e tudo resolvido.

Caninos: Conhecendo a teoria prova de que o cérebro só evoluiu a partir de seu olfato, fica fácil considerar que aqui temos uma espécie quase extinta. Seriam as pessoas que tem um forte apreço pelo cheiro das coisas. Mas mesmo quando o cheiro é quase imperceptível. Tem pessoas que julgam sentir o cheiro das coisas que ninguém mais sente, e certamente elas tomam muitas decisões importantes se guiando pelo nariz. Gandalf aprova isso.

Concluindo

Todo mundo tem um pouco de cada, porque afinal de contas, somos humanos. Mas, certamente existe um dos tipos que o descreverá com mais precisão. E esse é o seu tipo de espelhatriz.Se você quiser pesquisar pelo termo da psicologia que engloba de um modo mais abrangente tudo isso o que eu disse, então busque por Canais Sensoriais

Bom, claro que se você tiver pesquisado sobre os canais sensoriais, verá que eles se aplicam apenas aos nossos sentidos, dizendo que cada pessoa tem um sentido que mais usa, e por isso vem dele a sua percepção e pré-julgamentos de tudo. Algumas pessoas regem preconceitos sobre algo que viram ou ouviram, enquanto outras definem o melhor caminho através do cheiro ou da intuição. Enfim, é sempre um ou outro sentido que parece ser o principal para você. E com base nesse sentido, você dita o seu mundo. Até porque, o mundo para você não é a realidade, e sim a sua percepção da realidade.

Não podemos esquecer que a vida, ou pelo menos o conceito que fazemos sobre ela, é tudo por causa de nossa percepção. Se seu cérebro estiver nesse exato momento em um laboratório, e um programa de computador emular os sentimentos, então você nunca saberia que está em um laboratório, e suas ideias sobre a vida seriam as mesmas que tem hoje. Muito mais fácil do que compreender, é sentir. Então pare de ler esse blog chato e sinta a vida.



Um dia, em minha utopia lúdica, o mundo poderá viver sem três raízes do mal: preconceitos, egocentrismos e pessoas.

Acaso vs. Destino →  Post anterior para analisar dois conceitos.
Dança de Salão [5] → O dia em que comecei minha evolução.
Escolhas Um desincentivo a fazer sua escolha nesse instante.
Jaskon Meu herói de quanto tinha 6 anos, e estava no nível -5

domingo, 19 de maio de 2013

A Tríade Proibida: Religião, Política e Futebol


Existe uma coisa que nos diferencia de outros animais, que é a babaquice racionalização. Existe duas coisas que diferenciam a racionalização certa da errada: a certa é aquela que você concorda, e a errada é aquela da qual você discorda. Agora existem três tipos de racionalização que nunca chegarão em um acordo, e por isso é conhecida como a Tríade Proibida: Religião, Política e Futebol.


A primeira cena do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço mostra de forma perfeita toda compreensão dessa tríade. Mostra como nós podemos ser considerados apenas macacos lutando por nosso próprio espaço, e mostra como a sobrevivência funciona bem melhor quando se está dentro de um grupo mais poderoso. Por isso, para que nosso grupo seja o mais poderoso, fazemos questão de enfiar ideologias goela abaixo de todos, ignorando todos os argumentos que fazem alguém dizer que sua crença é melhor ou pior do que a sua. Simplesmente parece inaceitável, e parece inaceitável porque o poder de nossa ideologia não pode ficar em segundo plano.

Agora parece simples entender o porque Futebol é um esporte assassino quando alguns torcedores querem; isso também justifica o porque a história das nações sempre foi manchada com sangue e protestos para impor posições políticas mais justas. E dentre as religiões isso é muito mais comum de ser visto, pois graças ao poder de amar a própria cultura é onde se torna fácil condenar outras culturas, sejam elas diferentes por condutas ou pensamentos diferentes dos nossos.


Futebol

Tudo o que gera competição é perigoso. Mesmo um funcionário que compete com outro por um cargo melhor na empresa; a disputa pode ser ótima como motivação, mas é um caos se um dos lados não sabe perder. Se for uma empresa pequena, não tem importância, porque aceitar a derrota é muito mais fácil. Agora imagine uma empresa grande... Imagine milhares de funcionários. Sempre que a quantidade de gente envolvida em qualquer lugar é grande de mais, então elas se tornam meros objetos aos olhos de alguns. E isso nem chega a ser o estopim de todo o perigo envolvendo uma competição para impor quem é o melhor.

O futebol só consegue ser mais perigoso do que todas as outras formas de competição porque o número de adoradores divididos entre os principais times são grandes. Mas isso ainda não implica no perigo total: geralmente seu time vem através do time de seus pais, que veio através do time de seus avós. Logo, defender seu time é quase como defender sua família. Tudo bem, acho que exagerei. Ou não.

É inaceitável um briga devido ao futebol, visto que o conceito original do mesmo é a diversão. Na verdade me enganei de novo, certamente a diversão é o conceito inocente que desaparece depois dos cinco anos de idade. Depois disso inicia-se a selvageria, e cá evoluímos até estádios lotados se transformarem em coliseus com gladiadores desafiando leões.

Religião

Daí vem uma das minhas críticas mais severas quanto aqueles que dizem que sua religião é melhor, ou que não ter religião é melhor. Basta enxergar cinco minutos à frente para ver como existem igrejas que acolhem pessoas que sofriam de depressão, angústias e outros males que dizem que foram curadas à partir do momento que entraram para essa ou aquela religião. Enxergar cinco minutos a frente significa entender que essas pessoas encontraram ali um reduto de sua salvação. E aí eu vejo ateus querendo dizimar crentes, querendo amarrá-los em um tronco de árvore e atear fogo para queimá-los vivos. De outro lado, vejo pessoas tão fanáticas pela religião que praguejam que o fogo do inferno irá queimar por toda eternidade quem não segui-los. Oras, quem está certo nesses extremos? Pois é, eu acho que nunca um lado extremo pode estar totalmente certo.

Tudo em excesso é ruim, e isso é óbvio.

Muitos ateus bons (os que respeitam a religião alheia) pregam que o correto é deixar que os filhos escolham a religião que quiserem. Isso não funciona, porque é óbvio que haverá inclinação dos filhos à seguirem as crenças dos pais, e na verdade é até saudável que isso aconteça. Não é ruim uma criança aprender os mesmos ensinamentos que seus pais tiveram, desde que a coitada não seja alimentada com preconceitos ou induzida a uma cegueira ou fanatismo desnecessário.

Acho que aí entra a confusão toda. Dizer para uma criança que a mulher surgiu da costela de Adão é uma coisa. Agora querer colocar isso como verdade absoluta e julgar que a crença científica da teoria da evolução é errada tem muita diferença. Tudo bem que o ser humano é uma figura que sobrevive melhor quando vive da ignorância das coisas, mas só é necessário lembrar que a ignorância é um caminho muito curto para a arrogância. Instigar que algo é errado só porque discorda é a mesma coisa de instigar o preconceito.

Somos uma caixinha de valores inconscientes. Nossa vida é cheia de experiências de coisas que nos fizeram ser assim ou assado, que nos impulsionam a agir de um jeito ou de outro. E nessa caixa de valores, muitos deles estão errados, mas você o considera como verdades absolutas. Afinal de contas, todo seu pacote de crenças é muito mais cultural do que pessoal. Aquilo que você crê hoje seria totalmente diferente se tivesse nascido vinte anos antes do que nasceu. Você poderia estar com uma bomba amarrada no peito acreditando que isso seria a salvação de Alá, caso tivesse nascido no meio das crias de Bin Laden. Não balance simplesmente a cabeça em tom de discórdia: "(...) Quem nasce para ser Margicarpa nunca vai ser Gyarados (...)".

Você nasce vazio, apenas com uma cadeia genética que determina certas tendências e inclinações a vícios ou comportamentos básicos. Ou talvez nasça com um espírito que já determina toda sua personalidade. Ou talvez seja a reencarnação de criaturas antepassadas. Enfim, diante de tantas conclusões para a mesma resposta, vou ser obrigado a pegar uma para seguir com meu exemplo. E nesse caso, como em vários outros pontos do blog, vou me apegar ao lado mais científico da coisa toda. Sendo assim...

Você pode ser introvertido porque tem um gene favorecendo esse comportamento, mas não necessariamente significa que será introvertido para sempre. Você nasce com chances de desenvolver uma diabetes, mas talvez nunca a desenvolva. Você nasce com um gene favorecendo a tranquilidade ao invés da agressividade, mas talvez o ambiente de crescimento iniba isso. Ou seja, se nossos valores pessoais são tão mutáveis assim, será que alguém pode ser capaz de julgar os atos alheios? Pois é, algumas religiões pregam isso. E algumas pessoas que não tem religião também.

É lógico que se você se tornar um homem bomba e sair matando as pessoas na rua será condenável. Mas não porque é errado, e sim porque fere os valores pessoais de todas as pessoas ao redor. Não? Ok, novamente basta apenas dar uma olhada para o passado e imaginar as pessoas ditas "bruxas" que eram queimadas em praça pública ao aplauso de multidões. Ou os coliseus levantando bandeiras de "mate ao próximo" com tanta sagacidade. Será que eles eram mais violentos? Será que eles eram os errados e nós hoje em dia somos os bonzinhos? Não. Se você tivesse nascido naquela época, certamente não teria um asco tão grande pela morte alheia como se tem hoje, já que não é comum vermos corpos espalhados pelo chão no dia a dia. A sociedade da época via as pessoas queimadas em praça pública como algo normal (generalizando), e por isso incentivavam isso.

Espere um momento: Talvez incentivavam aquilo por medo dos superiores. As pessoas podiam aplaudir a tortura porque tinham medo de serem elas as torturadas. Ou seja, a crueldade humana contra o próximo sempre foi errada. A diferença é que naquela época era errada e as pessoas não tinham liberdade de expressão. Mas hoje também não tem, porque se a liberdade de expressão consiste em cada um ter direito à sua própria crença, quem condena a crença alheia prega a mesma censura questionável de nossos antepassados.

Política

Esse é o típico assunto proibido e permitido ao mesmo tempo. Ele é proibido em épocas de eleições e quando as coisas ficam mais "sérias", ou seja, quando a imposição de uma filosofia política pode mudar seu conceito atual de como tudo está sendo governado. Fora desse conceito, é um assunto que é permitido, desde que você faça alguma piada dizendo como brasileiro é burro e político corrupto.

Eu particularmente gosto de política, embora saiba menos do que gostaria para debater de modo mais aprofundado. Então, minha opinião superficial fica por conta de alguém que vê tudo de longe, e que está ao tempo todo mudando de posição nesse assunto.

Eu lembro que na primeira vez que Fernando Henrique Cardoso seria eleito, eu ainda era uma criança muito imbecil, mas mesmo assim queria discutir isso com outras crianças da escola, só para me sentir grande, sei lá. E como eu não entendia do assunto, me colocava a discordar para ouvir motivos que levassem meus argumentos contra isso. Na verdade acho que eu discordava só por pirraça, mas não vamos quebrar a magia do texto, né? rs

Como eu ia dizendo, foi graças a essas discórdias que eu entendi que FHC era muito melhor que o outro candidato (acho que foi o Lula, mesmo) porque ele tinha a ideia de mudar toda moeda local, e revolucionar a economia de modo incrível, colocando o Real no lugar dos Cruzeiros. Eu nunca entendia nada sobre economia, a não ser que com uma nota de papel eu compraria a mesma coisa que comprava com várias notas de papel.

Pois é, para mim a política sempre foi assim, simples e objetiva. Hoje em dia eu vejo que tem a Esquerda e a Direita, o Capitalista Hardcore e o Socialista Inocente, o Sério Engravatado e o Fanfarrão Engomado. Ou seja, não sei como falar sobre política pode ser um assunto proibido. Pois é, este é um assunto que se torna proibido quando se encontra o grupo certo (ou errado) para se dar uma posição sobre o assunto.

Ainda lembro de alguns amigos socialistas que pareciam brandir espadas ao defender a liberdade, ao defender o fim do sistema, e principalmente ao lutar contra o capitalismo. Hoje em dia eu não tenho muito contato com essas pessoas, então não sei como andam suas mentes atualmente. Mas naquela época, suas camisetas do Chê Guevara e Marx eram quase uniforme fixo. E eles tinham tantos argumentos para defender um mundo socialista que eu compreendia perfeitamente toda utopia política presente ali. Talvez seja justamente por isso que Política pertença a tríade proibida: tudo o que fere suas ideias fere seu lado mais profundo, e dependendo da profundidade, nem toda ferida consegue sair impune de uma revidação.


Ante a obrigação de se calar, ou de falar sobre tudo, aproveite e inicie alguma discórdia ou polêmica nos comentários. Como ninguém visita esse blog, provavelmente você sairá vitorioso na discussão, uma vez que ninguém discordará de você.

Animações → um post anterior sobre meus videos e animacoes flash
Religião → uma visão sobre lados dentro da religião
Política → um desabafo inconsistente do quadro político
Futeb...digo, carnaval → Não tinha nenhum post sobre futebol ainda rs
"Não me odeie se discordar de você; me odeie se concordar com tudo, porque isso significa que mais me importo com o que pensa" -ledark

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Realidade Alternativa: Fome


Esse post faz parte de uma nova ideia que queria apresentar, que é mostrar outras realidades que certamente são bem diferentes da minha e da sua. Pretendo abordar estilos de vida que existem por aí, alguns mais próximos e outros mais distantes. Tudo isso dentro do nosso mesmo universo, com coisas bizarras que acontecem por aí nesse exato segundo em que lê isso. E assim surge mais um post, cujo proveito e utilidade, dependem da sua reflexão sobre a realidade em que está vivendo.


Falácia da Realidade


Todo mundo quando quer fazer um comparativo de que sua vida está melhor propõe a velha e já abatida comparação das crianças na África. Às vezes para chocar postam algumas fotos de crianças em estados de semi-decomposição vivas e tentam, através disso, lhe provar que você tem que ficar quieto e não reclamar de nada. Eu vejo isso como uma falácia da realidade, e foi justamente por isso que resolvi escrever esse post.

Para explicar melhor essa falácia, pense no seguinte: Você acorda de manhã e bate a ponta do pé na quina da cama, e com aquela dor deliciosa de sentir, você pragueja a tudo e a todos por isso. Aí, de repente, um amigo muito sábio chega para você e diz: "Hey, pare de reclamar da vida, lembre-se que há pessoas muito piores do que você, como as crianças passando fome na áfrica". O que era para ser uma tentativa de diminuir o impacto do stress corre o risco de piorar as coisas, pois a comparação daquela realidade em que a África vive é tão diferente, que nossa natural incapacidade de imaginar e compreender a própria humanidade nos fazem ignorar o fato com toda frieza do mundo.

Eu já comentei em alguns posts anteriores, o quanto o ser humano - eu e você - tem mais egoísmo do que o maior egoísta que conhece. Graças ao ego que está sempre tentando entender quem ele é, todo mundo acaba assumindo que a vida gira em torno do próprio umbigo. E uma das principais causas para isso, infelizmente é o simples fato de que muitas vezes não é fácil compreender nem a nós mesmos, então quem dera possamos compreender outra pessoa?

Fome na África



Ver mapa maior

Mas vou parar de enrolar, e falar o que realmente significa a fome na África. Por isso, fiz uma pesquisa rápida, e vou tentar deixar mais claro - e resumido - o que as crianças de lá passam. A primeira coisa a ser feita, é tomar cuidado com a generalização. Não são só as crianças que passam fome, e tão pouco é o continente africano inteiro. Um dos países que mais sofre disso é a Somália, que não deve ter nem 10 milhões de habitantes, mas que pelo menos um milhão está em fase crítica de quase morte.

Sabe o engraçado do parágrafo acima? Nada. Mas quando você fala em números, automaticamente transforma vidas em estatística. E isso parece amenizar o problema, principalmente quando você pensa: Só um milhão passando fome? No Brasil existem mais de 10 milhões, ou seja, uma Somália inteirinha em condições parecidas. E aí, para piorar, você pode pegar algum desses papéis que políticos carregam, e falar que as coisas melhoraram 15%, ou que 25% será melhorado na próxima eleição. Isso tudo é outra falácia de realidade, porque se você está passando fome, ou se fosse um amigo seu no meio de dez pessoas, aposto que o choque da notícia seria infinitamente maior, simplesmente porque aquilo é mais próximo de lhe atingir do que com quem está apenas num gráfico estatístico. Dez milhões num pedacinho de terra parece triste, mas só isso. Enquanto não estiver na pele, ou ver com os próprios olhos a situação, aquilo não é capaz de mover um único dedo para melhorar as coisas. No máximo um sentimento de pena, ou um sinto muito dito internamente. Só isso, e tudo acaba por aí.



E então, você me pergunta: "E o que eu posso fazer?", como se aquele que lhe falasse do problema tivesse a obrigação de lhe apontar uma solução. O problema é dito, e só é um problema, justamente porque ainda não tem uma solução. Você pode criticar o governo ou outros países dizendo que parem de fazer guerra e usem o dinheiro para dar alimento a todos, e ainda achar que apenas ter essa postura vai resolver tudo. "Ah, eu já reclamei, então já fiz minha parte e isso é tudo que posso fazer". Não é bem assim que as coisas funcionam.

Quando você divulga uma informação, um problema e um pensamento para aquelas pessoas ao seu redor, automaticamente você está sendo melhor do que aqueles que apenas reclamam e apontam soluções que sabem ser impossíveis de serem resolvidas. Porque falar e divulgar aquela realidade que existe, pode chegar ao ouvido de alguém mais genial que pode ter uma ideia diferente, ou numa simples conversa, surgir um fundo de investimento entre amigos para ajudar nem que seja uma pessoa. Tanta gente faz viagens de turismo para a África do Sul, vão lá para ver os animais em céu aberto e passam longe - por mais perto que estejam - de milhares de pessoas morrendo de fome. Um lanche na sua mão poderia significar muita coisa positiva na mão de quem precisa daquilo mais que você.

Mas é lógico que esse post não vai mudar nada. Nunca mudou e não é agora. Mas, se ao invés de você por algum segundo ter ideia de que sua vida é melhor do que a de muitas pessoas, eu acho que comecei a plantar a semente que eu queria. Porque quando nós vivemos sabendo que é preciso agradecer muito por aquilo que temos e onde estamos, um pouquinho mais de humildade faz com que nós pelo menos ajudemos pessoas dentro de nossas possibilidades. Pode ser um mendigo na rua que você sempre vê no mesmo lugar e que simpatiza com seu sofrimento diário. Ele é uma pessoa, e talvez uma oportunidade mais próxima de se deparar com a realidade da fome, mesmo que em grau diferente.

Fome na Coréia


Outro dia fiquei surpreso com uma notícia que li. E depois, fiquei chocado com uma outra notícia que li. A notícia dizia que um pai praticou o ato de canibalismo, sendo obrigado a comer o próprio filho para sanar sua fome. E isso foi o primeiro estopim para eu começar a escrever esse post, pois, eu comecei a pensar até onde a definição de humano pode chegar. Afinal de contas, um grupo de pessoas amaldiçoava o pai por ele ter matado o próprio filho para se alimentar, enquanto outro grupo de pessoas o bendizia porque não havia outra solução. E também tinha o grupo que amaldiçoava o governo e a mídia pela falta de divulgação da notícia.



Infelizmente não há como amaldiçoar a maldição. Não vale a pena questionar quem é o culpado ou quem deixa de ser, porque o problema e o erro é todo o cenário, e não exatamente uma pessoa isolada dentro dele. Esse não foi o primeiro caso e nem será o último. O extremo do que o ser humano é capaz de fazer realmente vai muito além do que alguém pode imaginar.

Ah, e se quiser ver um artigo comparativo com a diferença entre as coréias, clique aqui.

The Walking Dead


E de repente falar sobre Walking Dead no meio de um post que comenta sobre Falácias da Realidade me parece um pouco de mediocridade. Mas não é a questão de zumbis com fome que eu queria propor aqui. Embora toda a crítica social da maioria dos filmes de zumbis seja muito forte, não quero entrar no mérito dessa parte da discussão, e sim, refletir algo que comentei lá no início, que é sobre a divulgação da informação.



Em 2003, ou seja, há dez anos atrás, era lançado uma história em quadrinhos falando sobre zumbis. Não é nenhuma novidade que nessa década houvesse muita coisa sobre o assunto. Mas a HQ nunca foi lá muito popular, e muita gente nem se importava. Até que, conforme o tempo foi passando, há alguns anos atrás ela começou a vender mais e mais, até que surgisse a tão conhecida série de tv em 2010. Depois do sucesso, falar e consumir coisas sobre the walking dead se tornou bastante popular, mas tudo acaba aí.

Será que a camada da série que é mais reflexiva e que remete a critica social da natureza humana existe na mesma grandeza do seriado? Ou tudo se resume apenas a uma série de entretenimento envolvendo mortos-vivos? E eu sei que o propósito de qualquer série, quadrinho, game ou o que seja é primariamente entreter e não dar aulas culturais de elevação intelectual. Mas eu queria apenas pensar se os extremos humanos, vistos em toda série, fazem algum parenteses com a realidade em que vivemos ou não. E aí, vai ficar o final do texto para refletir, e nada mais.


Uma falácia da Realidade é sempre quando se tenta comparar a realidade pessoal com uma realidade maior. E aí, eu falei da fome na coréia e na áfrica e nem fiz quase menção nenhuma sobre outros países, incluindo o Brasil. Como será a realidade dos outros países? Eu vou ficar esperançoso para que você faça a mesma pesquisa que eu fiz e se surpreenda - e se choque - com o que está bem pertinho de todos nós.

Suas Crenças são Mutáveis? → O que você crê é sua realidade.
Interesse Escalável → Uma palavra sobre o egoísmo enrrustido em nós.
Conto: Arca Perdida → Uma poesia sobre continuar ou desistir
O nosso único cúmplice → Em quem nós podemos confiar?
"Infelizmente não há como amaldiçoar a maldição". (Ledark)

sábado, 4 de maio de 2013

Como Copas e Raizes

Um daqueles textos chatos, reflexivos e novamente, chatos. O mais legal é que, outro dia eu reli ele e não tinha entendi o que eu mesmo quis dizer, e aí joguei na lixeira. Hoje voltei, e antes de excluir em definitivo, reli e me re-entendi. Talvez amanhã não entenda mais, mas mesmo assim vou postar, é divertido pensar na minha própria incapacidade de diligência literária.

Apenas uma Metáfora

Jogue uma semente na floresta para que a mesma lhe mostre o segredo da vida. Veja que durante seu longo caminho de crescimento, os caules e as folhas reagem às sombras procurando sempre pelo sol. Elas procuram pelo seu próprio caminho da felicidade.

Como aquela música da Rita Lee: "As folhas sabem procurar pelo sol. E as raízes procurar, procurar." Se você será uma folha ou uma raiz, a decisão será sua; procurar pelo óbvio e abundante, como uma folha procura pela luz, a faz ser bela, útil e importante para todos, embora seja frágil e sua vida mais curta. Por outro lado, são as raízes, que quanto mais avançam em sua necessidade de buscar o alimento e a luz que não existe, mais fortes se tornam. A força delas também torna as folhas mais resistentes, porque a base é a mesma para todos. O mundo é o mesmo para todos.

Em distorções colossais, já diziam que o único modo das folhas subirem e chegarem ao paraíso é desde que as raízes alcancem primeiro o inferno. E aqui, usando isso como uma metáfora, as coisas ganham uma proporção perigosíssima. Não porque você decidiu ser como as raízes, que vai viver longe da luz, apenas se alimentando das trevas, cercado de infelicidade e solidão, enquanto muitas folhas crescem e vivem felizes à suas custas. De modo algum. Agir assim, é comparável a viver em uma escravidão, apenas para sustentar seus superiores. Bom, acho que isso lhe parece familiar, se você, assim como eu, ainda não atingiu uma independência financeira ou estabilidade social para se manter seguro em todos os aspectos. Somos como as raízes, onde muitas vezes jamais verão a luz do dia. A vida nesse caso, se resume apenas a sustentar a copa das árvores que cresce e se multiplica sem fim.

Então, você pode pensar como seria bom ser uma das folhas, não? Alcançar a luz, ver o mundo girar ao seu redor. Observar seus companheiros crescendo ao seu lado, e gritar vivas em um banho de chuva numa tarde quente de verão. É viver podendo brincar, sem se preocupar em caçar o próprio alimento, e aproveitar os eventos que acontecem para viver num mundo colorido. Então, num momento de reflexão você iria considerar que alguém que não vê te sustenta. Jamais iria conhecer que a fonte de seu sustento vem do sofrimento de tantas raízes. Uma benção da ignorância, mas a vida na copa das árvores também não é fácil. Sobreviver das pragas, ver amigos mais novos que você serem devorados por lagartas ao seu lado e não poder fazer nada. Ou pior, aguentar a violência da natureza, sentindo o medo dos raios em uma tempestade, e ter que agradecer para que não chegue na mesma proporção de violência a época da estiagem.

Quem segue uma vida sendo uma raiz sofre tanto quanto quem segue sendo uma das folhas de qualquer árvore. Todos presos em um mundo pelo qual não se conhece a aplicabilidade das leis, nem a hostilidade que mora ao seu lado.

Conclusão

A harmonia do mundo, enfim, é a alegria. Pessoas boas são felizes fazendo o bem, pessoas ruins são felizes fazendo o mal. Mas o mal para eles é o que é bom para nós, e ambos os conceitos não podem ser separados ou comparados, porque, afinal de contas, o que é certo e errado em uma vida cujos erros e acertos não estão em nenhum manual da natureza?

Pessoas buscam a própria felicidade antes da felicidade alheia, e isso não as torna egoístas de modo algum, pois como levar a felicidade para os outros se a si mesmo não é feliz? Eu aprendo isso constantemente de diversas maneiras ao longo do tempo, e hoje em dia eu entendo que para poder ajudar alguém é necessário que ajude a si próprio primeiro. Só assim você estará agindo do modo certo.

Se desejar perder seu tempo, prometo que vou te ajudar com outros links tão inúteis e chatos quanto este.

Qual sua Personalidade? → Reflexão chata sobre a personalidade
Crenças Mutáveis → Reflexão chata sobre o sistema de crenças
Paradoxo da Confiança → Reflexão chata sobre confiança
8 tipos de relações → Reflexão chata sobre amor

sábado, 27 de abril de 2013

Conspirando com Boston


Toda vez que surge um assunto, e esse assunto não tem todas as explicações, é natural que as pessoas queiram respostas e encontre ou crie essas respostas que quer. E, dessa vez, depois de conspirar com a wikileaks e RFIDs, agora é a vez de falar de atentados e terrorismo.

Resumo da História


Havia uma maratona, e aí uma bomba explodiu, deixando muitos feridos e três mortes, incluindo uma criança. O resumo todo da história poderia terminar aqui, mas uma vez que os culpados não foram encontrados naquele momento, então o atentado necessitou de investigação, e como se sabe, toda investigação leva tempo e está sujeita a erros. Afinal de contas, a passagem do tempo é mestra em dificultar o encontro de evidências.

Horas depois e várias pessoas pela internet se manifestaram em ajudar a encontrar os criminosos, surgindo uma verdadeira caça usando as imagens das câmeras, fotos da maratona e etc. O resultado dessa investigação online feita através das fotos pode ser vista clicando aqui. Nesse link, é possível se convencer de que temos alguns suspeitos para o crime que realmente fazem sentido.



A Origem da Conspiração


Tempos depois, aconteceram uma série de desdobramentos do caso que se tornaram no mínimo contraditórios diante várias análises feitas. Como por exemplo, o fato de existirem possíveis militares, e na mochila que carregavam, haver vestígios de serem os mesmos encontrados na bolsa que ocasionou a explosão. E aí, quando o FBI chega no veredito sobre o assunto, eles dizem que foi um outro cidadão que nem se quer aparece como suspeito antes. E tem muito mais incongruência do que isso, e outros fatos, como a incompetência das conclusões investigativas. Mas o ponto que eu quero propor é apenas todo o start desse assunto.

E isso são apenas alguns exemplos. Se quiser ver o lado inteiro do que essa conspiração preza, pode clicar aqui e ver o ponto de vista do anonymous sobre o assunto dizendo o porque isso tudo tem cara de ser uma grande farsa.

Off-Topic


Teve até gente tentando encontrar uma forma de colocar a explosão da fábrica de fertilizantes que ocorreu no Texas como um possível sinal de fim do mundo. Embora não tenha nada a ver, vou deixar o vídeo abaixo, que mostra um pai e sua filha vendo a fábrica pegando fogo ao longínquo, até que realmente acontece a grande explosão. Dizem que foi tão grande que há vários kilômetros ainda dava para sentir tudo estremecer, comparado a um terremoto.



E só para ressaltar, que não tem nada a ver com conspirações. No caso desse vídeo, a explosão foi realmente devastadora. E é chocante ouvir a criança, querendo sair dali dizendo que não conseguia mais escutar nada, diante de um trauma sendo criado naquele momento. Mas vale a pena a pena para pensar como assuntos que ocorrem em épocas próximas podem tender a serem co-relacionados se uma pessoa quiser.

A Parte Anti-Conspiração


Tem um vídeo interessante para ver, do ponto e vista de alguém que não acredita em teorias da conspiração e explica seu ponto diante de suas formações técnicas.



E também, um outro vídeo com uma visão relacionada a esse caso de Boston, contada por Izzy Nobre, que também dá algumas reflexões sobre até onde é legal conspirar contra tudo.



Conclusão


E não tem como se ter uma conclusão. Na verdade até tem, porque você pode acabar concordando que há uma conspiração ou discordando, mas só isso. É fácil criar relações entre histórias, principalmente nesse momento de "batata-quente" que existe entre a Coréia do Norte. Se tivesse um oriental ali no meio dos suspeitos, o mundo estava pertinho de uma parte muito maior de tudo isso.

Isso até acabou me lembrando de outras conspirações que existiram, principalmente na época dos atentados de 11 de setembro. Tem um excelente nerdcast explanando esse tema que pode ser ouvido clicando aqui, e no áudio, avance até 11 minutos e 15 segundos que é onde eles realmente começam a falar sobre isso.

Você pode deixar nos comentários sua opinião sobre esse assunto. Dizer se crê ou não nas conspirações, e até contar se crê que Osama BinLaden foi realmente morto, ou se nunca existiu. No mais, vou deixar uns posts antigos, e datados, que podem ajudar a distrair sua mente e lhe trazer mais inutilidade conspiratória.

RFIDs → Conspirando contra as tais marcas da besta
Wikileaks → Conspirando contra a própria conspiração
Mundo Virulento → Conspirando contra doenças e vírus
Movimento Gota D´água → Conspirando contra a usina de Belo Monte
"Acreditar em fantasmas, tudo bem, mas criá-los com a sua própria mente é auto-conspiração." - (Petrus Falcin)

sábado, 6 de abril de 2013

Animações


Fazia tempo que não postava uma animação ou vídeo aqui. Aliás, se não viu as anteriores, aproveite e confira no final do post o link para eles. Mas, minha intenção aqui não era apenas postar um vídeo novo, e sim fazer um aparato nos meus backups antigos e pouco a pouco deixar a lista de links atualizados.

A Primeira (?) Animação

Sempre gostei de fazer animações, e em fato, só consegui meu primeiro emprego graças a isso. E como todos temos uma história de desilução relativa aos computadores, comigo não poderia ser diferente. No meu caso, foi que eu perdi parte dessa animação quando a primeira e inesquecível formatação levou embora todos os meus arquivos. Depositei a confiança em dois disquetes, mas sabe como são os disquetes, né? Se você não sabe, considere-se alguém de sorte, pois eles são piores do que inimigos, porque pelo menos os inimigos você já sabe que certamente vão te trair; agora o disquete você implora pra ele te salvar, e trata ele com todas as honrarias de um amo intocável para que no fim... é, o final nem sempre é feliz.

Animação StarWars

Relutando contra toda vergonha de mim mesmo, eu resolvi postar em sequência três vídeos bem antigos. Na verdade são duas animações, e apenas um vídeo concreto. O primeiro é uma paródia com StarWars, que como era de se esperar, perdi o arquivo completo. Achei um pedaço que havia sido salvo, e quando o vídeo completo tinha uma história com inicio, meio e fim envolvendo até uma luta épica entre Lula e Darth Vader, tudo o que restou foi apenas um minuto envolvendo uma aparição tosca do Et de Varginha. A animação em si foi um trabalho para a faculdade, e isso explica o desleixo total de minha parte.



Animação Arquivo Aberto

Essa foi uma animação que eu tenho certo orgulho de ter feito. Isso porque foi feito de modo um pouco mais profissional, que era para ser a abertura de um programa de webtv. E até eu fico boquiaberto quando descubro que o vídeo é usado até hoje no programa chamado Arquivo Aberto.



Vídeo Vida de WebDesigner

E para provar que a faculdade gera trabalhos relaxados, vou deixar esse último, que sinceramente, não tenho nada para comentar.



Conclusão

Sempre gostei de jogos eletrônicos, e em especial das animações que via nesses jogos. Na verdade, a primeira vez que vi algo que me deixou de queixo caído foi a abertura de Final Fantasy VIII (abaixo). Talvez, olhando hoje em dia com a quantidade de recursos gráficos, o vídeo nem surpreende muito, mas para época que vi (há 10 anos atrás), foi de me deixar boquiaberto.




Veja outras Animações toscas legais:



Como eu disse, minha ideia com esse post era apenas fazer um backup de coisas mais antigas e postar aqui. Tenho mais coisa inútil guardada, e um repertório de animações tão toscas quanto das desilusões de um blog inteiro. Mas deixo isso para outra ocasião.

Qual sua Personalidade? → post anterior para definir sua personalidade
O bem e o mal → Uma reflexão da minha época do prézinho
Pokemon 3D → Alguns posts de minha época de aprendizado de computação gráfica
Investimentos [1] → Um malandro na época dos álbuns de figurinhas